O documento com propostas para o setor cultural é assinado por sete organizações não governamentais compostas por trabalhadores da cultura e da promoção de direitos
A Academia Imperatrizense de Letras (AIL) realizou no fim da tarde de quinta-feira, 15 de agosto, reunião ordinária e convidou os candidatos à prefeitura de Imperatriz. Na ocasião, os acadêmicos reforçaram a importância da manutenção do prédio da AIL e a realização do Salão do Livro de Imperatriz – Salimp, em seguida abriram espaço para os políticos falarem suas propostas de governo para o setor da cultura e da literatura. Estiveram presentes os candidatos Gabriel Araújo (PCB), Justino Filho (PMB), Mariana Carvalho (Patriotas), Nilson Takashi (NOVO), Rildo Amaral (PP), a vice de Marco Aurélio (Federação Brasil PT/PCdoB/PV) – Vânia Ferreira e o vice de Josivaldo JP (PL) – Daniel Fiim.
Na oportunidade, foi ainda entregue aos políticos a Carta Aberta da Cultura às(aos) candidatas(os) à prefeitura e à vereança de Imperatriz – MA. O documento tem como objetivo “contribuir para a elaboração da política pública para a cultura, que venha a fortalecer o desenvolvimento socioeconômico e a identidade do município, em sua ampla diversidade multicultural, no âmbito do poder executivo e do poder legislativo de Imperatriz-MA”.
A carta pode ser lida aqui: https://drive.google.com/file/d/1QnHndLuLhmSIbR3pFsoeqnKEW5PQdf_i/view?usp=sharing
Por intermédio do membro da AIL Elson Araújo, foi autorizada a entrega do documento no momento final da reunião. “Esta Carta está sendo entregue a todos os candidatos e candidatas, sem favorecimentos pessoais, pois o mais importante é nos unirmos em prol do coletivo, da cultura da nossa cidade e região. Todos podem, se assim quiserem, usar essas propostas em seus planos de governo, espera-se que as coloquem em prática e mantenham o diálogo com a comunidade cultural quando eleito ou eleita”, ressaltou a jornalista e produtora cultural, Elicléia Dallo, vice-presidenta da Associação Cultural Casa das Artes, que entregou a Carta nas mãos de cada um dos políticos presentes no momento.
Dentre as 26 proposições da Carta, algumas delas são: Repasse automático dos recursos destinados ao Fundo Municipal de Cultura – Lei 1541/14; Nomeação de gestor(a) qualificado(a) na área da cultura para o cargo de Presidente da Fundação Cultural de Imperatriz; Fomento para o Artesanato local; Acordo de cooperação para manutenção de espaços culturais da cidade; Fomento para o Circuito Junino de Imperatriz; Implementação de políticas públicas de proteção ao Patrimônio Material e Imaterial, com observâncias à Carta do Patrimônio Cultural da Região Tocantina (2019).
O ponta-pé inicial da Carta foi dado pela atual presidente da Casa das Artes, a multiartista Lília Diniz que também é membra da AIL. O texto foi assinado por organizações compostas por trabalhadores da cultura popular e promoção de direitos, dentre elas: Associação Cultural Casa das Artes (ACASA), Associação dos Artesãos de Imperatriz (ASSARI), Centro de Direitos Humanos Padre Josimo, Fórum de Mulheres de Imperatriz e Região Tocantina, Sindicato de Assistentes Sociais do Estado do Maranhão, Associação de Terreiros de Cultura e Religião de Matriz Africana (ASTERCMA) e Academia Imperatrizense de Letras (AIL).
De acordo com os autores, a carta não esgota o debate e nem resume as possibilidades de políticas públicas para o setor cultural ao que está elencado nela. Tem como objetivo principal fomentar o debate e garantir desde já que os candidatos “se comprometam com uma política cultural inclusiva, democrática e eficiente, que respeite e valorize a diversidade cultural de nossa cidade”.