sexta-feira, 23 de maio de 2025

A IMPERATRIZ QUE DEU NOME A IMPERATRIZ

Publicado em 23 de julho de 2024, às 12:04
Fonte: EDMILSON SANCHES PALESTRAS – CURSOS – CONSULTORIA Administração (Pública e Empresarial) – Biografias – Comunicação – Desenvolvimento – História – Literatura CONTATO: [email protected] www.edmilson-sanches.webnode.page EDMILSON SANCHES Administrador público, consultor, jornalista, professor. Do Conselho Regional de Administração. Do Conselho Regional de Contabilidade. Da Academia Maranhense de Ciências. Do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão. Da Academia Panamericana de Letras e Artes. Da União Brasileira de Escritores (UBE-SP). Membro de Academias e Entidades dos Estados do Maranhão, Pará, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo e Estados Unidos. Autor de dezenas de livros nas áreas de Administração, Biografias, Comunicação, Desenvolvimento, Economia, História e Literatura. No Serviço Público, foi assessor da presidência da maior Instituição Financeira de Desenvolvimento Regional da América Latina e foi secretário e subsecretário de Desenvolvimento, Governo, Projetos Estratégicos, Comunicação e Cultura. Presidente de Honra de Conselho Municipal de Educação.
FOTOS: 1) A imperatriz Teresa Cristina; 2) a última foto da família imperial no Brasil, em 1889, antes da partida para o exílio. Da esquerda para a direita: (sentados) Imperatriz Teresa Cristina e Príncipe Dom Antônio; (em pé) Princesa Isabel, Imperador Dom Pedro 2º, Príncipe Dom Pedro Augusto, príncipe Dom Luís, conde d’Eu Gaston d’Orleans e príncipe Dom Pedro de Alcântara.

A mulher que deu nome à cidade maranhense de Imperatriz nasceu no dia 14 de março de 1822, em Nápoles, uma das principais cidades italianas, de 3 milhões 085 mil habitantes (em 2019). Sua Alteza Imperial Dona Teresa Cristina Maria de Bourbon era a filha mais nova do rei das Duas Sicílias, Francisco 1º, e de sua segunda mulher, Dª Maria Isabel de Bourbon.

POR PROCURAÇÃO – Em 20 de abril de 1842, Teresa Cristina casou-se por procuração com o Imperador Dom Pedro 2º, que ratificou o contrato nupcial em 23 de julho do mesmo ano. No dia 30 de maio de 1843, ela veio para o Brasil, juntar-se ao marido. O casal teve quatro filhos: Afonso, que nasceu em 1845 e viveu só dois anos; Isabel (a princesa que assinou a Lei Áurea), nascida em 1846 e falecida em 1921; Leopoldina, que nasceu em 1847 e faleceu em 1871; e Pedro Afonso, que nasceu em 1848 e, como seu irmãozinho Afonso, também viveu só dois anos.

CULTA – A imperatriz Teresa Cristina era uma mulher de grande cultura. Chamada “a Imperatriz arqueóloga”, também cultivava outros campos da Cultura, entre eles Artes, Religião e Música. Quando se mudou para o Brasil, trouxe em sua companhia artistas, intelectuais, cientistas, artesãos e coleções de obras, objetos e documentos de grande valor. Apoiou brasileiros, como o músico Carlos Gomes, a quem enviou para estudar na Europa.

MÃE DOS BRASILEIROS – Era muito discreta e avessa às pompas da corte imperial. Dotada de enorme sensibilidade humana, não se recusava a atender pessoas doentes e carentes. Foi tão amada no Brasil que chegou a ser chamada de “Mãe de Todos os Brasileiros”. Viveu 46 anos no Brasil. Com a proclamação da República — e, portanto, fim do governo imperial –, foi para a cidade de Porto, em Portugal, onde faleceu em 28 de dezembro de 1889.

CONTATO – O momento de contato da cidade de Imperatriz com a Imperatriz Teresa Cristina teria se dado em meados da década de 1860 a 1869, aí por volta de 1864 ou 1865. A povoação de Santa Teresa (o nome de Imperatriz à época) disputava com Porto Franco a condição de sede da Vila Nova da Imperatriz. Uma lei (nº 631, de 5 de dezembro de 1852) já fora assinada autorizando a mudança, mas ainda não fora cumprida. Dois anos se passaram e os líderes de Santa Teresa, entre eles o fundador frei Manoel Procópio, despacharam um emissário até a Corte, no Rio de Janeiro.

Esse emissário era portador de uma comunicação à imperatriz Teresa Cristina, onde se informava que o nome Vila Nova da Imperatriz era uma homenagem a Sua Majestade. Simultaneamente, pedia-se a real intercessão da imperatriz junto ao presidente da província do Maranhão, para este fazer valer a lei de dois anos atrás.

DOAÇÕES – Acredita-se que dona Teresa Cristina tenha dado uma força, pois logo a povoação de Santa Teresa retomou seu status de sede da Vila Nova da Imperatriz. E Sua Majestade teria feito mais: doou “um conjunto de pesos e medidas em cobre, artisticamente trabalhados”, por ela enviado “como presente”, como grata retribuição à lembrança dos moradores, capitaneados por frei Manoel Procópio, em denominar a vila com o título de imperatriz. Foram vários caixões contendo os pesos e medidas vigentes à época, que chegaram em Imperatriz em 1875.

ILEGALIDADE E LOCALIZAÇÃO – Essas peças, juntamente com a imagem de Santa Teresa d’Ávila, são provavelmente os itens mais antigos do patrimônio histórico-cultural do município. Mas, enquanto a imagem da santa se encontra protegida na igreja que leva o seu nome, os pesos e medidas tomaram vários destinos. Um dos conjuntos de medidas está, ilegalmente, em museu de São Luís. Ele foi localizado e documentado fotograficamente pelo jornalista Edmilson Sanches em 2002.

OUTRAS CIDADES – Além da maranhense IMPERATRIZ, outras cidades brasileiras têm seu nome dado em homenagem a Teresa Cristina:

TERESINA, capital do Piauí (o nome “Teresina” é um diminutivo de “Teresa”);…

…TERESÓPOLIS, no Rio de Janeiro (o nome “Teresópolis” significa “cidade de Teresa”);…

…e SANTO AMARO DA IMPERATRIZ, município de Santa Catarina.

EDMILSON SANCHES

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