quarta-feira, 23 de abril de 2025

A aposta de Imperatriz na produção de conhecimentos

Publicado em 7 de maio de 2024, às 10:34
Fonte: Reportagem – Nícia de Oliveira – jornalista
Foto: FAB - Tenente Marcus Lemos

Desenvolvimento de pesquisa, congressos, prazos de inscrição, esses são alguns temas das últimas publicações nas redes sociais das Instituições de Ensino de nível Superior em Imperatriz. Um retrato do avanço e das possibilidades que podem ser encontradas na cidade se tratando de Educação.

Imperatriz ao longo dos anos, e principalmente, depois da virada do milênio – nos anos 2000 – carregou e tem construído a reputação de “polo universitário”. Na década de 1990, as sementes do ensino superior começaram a brotar em Imperatriz, marcando o surgimento das primeiras faculdades privadas na cidade. Instituições como a FACIMP (Faculdade de Imperatriz) e a Faculdade Christus despontaram como pioneiras, abrindo caminho para uma nova era de oportunidades educacionais

Quando consideramos a oferta de cursos presenciais e à distância (EAD), torna-se evidente que a antiga necessidade de buscar um diploma nas capitais São Luís e Belém devido à falta de oportunidades já não é tão premente. Não é somente a chegada das IES, é também a qualidade do ensino ofertado, o desenvolvimento do tripé da educação: Ensino, Pesquisa e Extensão, que favorece para que Imperatriz, em 2024, possa dizer que alcançou a promessa de se tornar um polo universitário.

A notícia compartilhada no Instagram do curso de Jornalismo da Universidade Federal do Maranhão (Ufma/Imperatriz), anunciando a posse da professora e pesquisadora Leila Sousa na diretoria da ABEJ (Associação Brasileira do Ensino em Jornalismo), destaca a relevância e o impacto das atividades realizadas em Imperatriz. Isso reflete o reconhecimento e o respeito, evidenciando que o ensino superior na cidade é produtivo e comprometido.

Para além do Maranhão

A participação da Professora Leila Sousa na diretoria da ABEJ não apenas reflete sua competência e dedicação, mas também evidencia o protagonismo do Maranhão no cenário nacional do ensino de Jornalismo. A professora, em entrevista, destaca a necessidade dos espaços para estados que estão mais distantes do eixo Rio de Janeiro x São Paulo, principalmente, possibilitando evidenciar as características do fazer jornalismo que muitas vezes se diferencia dos grandes centros.

Ouça:

Além disso, as pesquisas desenvolvidas em Imperatriz sob a coordenação das professoras Leila Sousa, Michelly Carvalho e Luciana Souza, no Núcleo de Pesquisa Maria Firmina têm ganhado destaque nacional e até mesmo internacional, sendo reconhecidas com diversos prêmios. Essas pesquisas abordam temas relevantes como as relações de gênero e comunicação, oferecendo insights valiosos para entender não apenas a realidade local, mas também questões mais amplas da sociedade brasileira.

Esse reconhecimento das pesquisas de Imperatriz não só eleva o nome da cidade no cenário acadêmico, mas também contribui para o desenvolvimento regional, ao atrair investimentos, fomentar o turismo cultural e fortalecer a identidade local. Nos últimos cinco anos, as IES em Imperatriz foram agraciadas com o Prêmio FAPEMA (Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão), demonstrando a qualidade e relevância das pesquisas realizadas. Esse reconhecimento reafirma o compromisso das instituições de ensino superior da região com a excelência acadêmica e a produção de conhecimento que impacta positivamente não apenas o Maranhão, mas todo o país.

Ouça:

O sonho da autonomia e a reafirmação de espaços

Em novembro, a Universidade Estadual da Região Tocantina do Maranhão (UEMASUL) celebrará 8 anos de existência, representando um marco importante no panorama educacional da região. Desde sua criação, em 2016, a UEMASUL tem experimentado um crescimento contínuo, ampliando sua presença através dos campi nas cidades de Imperatriz, Açailândia e Estreito. Além disso, o programa “Caminhos do Sertão” foi desenvolvido com o objetivo de estender os serviços educacionais da universidade para outras localidades da chamada região sudoeste do Maranhão, promovendo o acesso à educação superior em áreas antes carentes desse tipo de oferta.

Campus Açailândia UEMASUL

Em meados da década de 80, durante a transição da Federação de Escolas de Superiores do Maranhão (FESMA) para Universidade Estadual do Maranhão, já se debatia a necessidade de autonomia na gestão dos centros da UEMA no interior do estado. Surgiu então o coletivo “Autonomia e Luta”, composto por professores, alunos e movimentos sociais, que defendiam a descentralização e democratização do ensino superior no estado. Após anos de mobilizações, em 1 de novembro de 2016, o governador Flávio Dino sancionou a lei nº 10.525 que criou a UEMASUL, um marco para a educação na região.

Mesmo durante a pandemia da Covid-19, a UEMASUL conseguiu se posicionar enquanto produtora de conhecimentos e desenvolveu trabalhos significativos para a manutenção da segurança e combate à doença. Em 2022, nós conversamos com a então reitora a professora Dra. Elizabeth Nunes Fernandes que falou sobre os 5 primeiros anos da universidade e os desafios enfrentados.

Assista ao vídeo:

Seguindo a mesma direção da UEMASUL está a mobilização para a criação da Universidade Federal da Região Tocantina do Maranhão (UFAMA). A expectativa é que a criação da UFAMA traga um impacto substancial na região, facilitando o acesso à educação de qualidade, impulsionando a pesquisa e inovação, e elevando o status de Imperatriz como um polo educacional de excelência.

A busca por autonomia de decisões e mais liberdade de atuação das universidades faz parte do crescimento do ensino superior em Imperatriz, o que impacta de forma significativa na economia. Com o aumento do número de estudantes matriculados nas faculdades e universidades da cidade, há uma demanda crescente por serviços relacionados, como moradia estudantil, transporte, alimentação e lazer. Isso estimulou e estimula a atividade econômica em diferentes setores, gerando empregos e oportunidades de negócios para os moradores locais.

Para o pós-graduado em Economia e pesquisador da área de Economia do Conhecimento, Jorge Brito, a presença de uma comunidade acadêmica diversificada e qualificada contribui para a formação de um ambiente intelectualmente estimulante, favorecendo a inovação, o empreendedorismo e a criatividade.

“A presença de uma universidade como polo universitário pode impulsionar o desenvolvimento socioeconômico de uma cidade. Atração de talentos, estímulo à inovação, transferência de tecnologia para o setor produtivo, criação de empregos qualificados e formação de capital humano são alguns dos impactos positivos observados. Investimentos em educação superior e pesquisa são fundamentais para o crescimento sustentável e inclusivo da região”, disse.

Imperatriz se coloca hoje como uma grande potência do ensino, recebendo prêmios, sediando congressos renomados, desenvolvendo pesquisa e formando profissionais qualificados. A cidade está preparada para continuar sua trajetória de crescimento e inovação, mantendo-se firme em sua identidade como um centro de conhecimento e oportunidades para as gerações futuras. O que era um sonho no passado tornou-se uma realidade vibrante e promissora para Imperatriz, que ainda tem muito a conquistar e contribuir para o cenário educacional e socioeconômico do Maranhão e do Brasil.

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