terça-feira, 15 de outubro de 2024

30 de abril – Dia da Mulher Brasileira (*) – MULHERES ESTRELAS

Publicado em 30 de abril de 2024, às 12:09
Fonte: EDMILSON SANCHES é membro da Academia Maranhense de Ciências, do Conselho Regional de Administração, do Conselho Regional de Contabilidade, do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão, da Academia Internacional de Literatura Brasileira (Estados Unidos), do Instituto Histórico e Geográfico e Academia de Letras de Caxias, e de Academias de Letras dos Estados do Maranhão, Pará, Espírito Santo e São Paulo.
Imagem cedida pelo autor.

—-Uma palavra de carinho, gratidão e reconhecimento para as mulheres… e alguns números indignos e revoltantes provocados pelos homens.


Qual o poema que falta ser feito
de um homem para uma mulher?
Que palavras, que modo, que… que jeito
de bem dizer aquilo que se quer?

O melhor poema para a mulher,
quem sabe, talvez nunca seja escrito
— porque o melhor poema para ela
seja, sim, aquilo que lhe seja dito…

…dito com ternura, verdade, carinho,
como quem acaricia flor e ramo,
esse poema, bem pequenininho,
é o mais simples, e o maior: “Eu te amo!”


MULHERES E ESTRELAS

Há algo de diferente, muito diferente, no espírito feminino.

As mulheres têm uma capacidade de suportação, de resignação e resistência que transcende a imaginação e a perplexidade do homem.

As mulheres merecem mais, muito mais: mais poder, mais participação, mais reconhecimento. As mulheres são melhores.

Tem algo de múltiplo e vário na singeleza da mulher,

de arrebatador em sua beleza,

de premonitório em seu olhar,

de indecifrável no seu ser,

de irresistível em sua sedução.

Talvez porque não haja um homem que, no íntimo, não se quede ante esse poder invisível, invejável, de que foi dotada, às escondidas, a mulher.

O poder e a resistência, a sedução e o encantamento femininos — ante os quais impérios ruíram e também se alevantaram,

vidas se ergueram e igualmente tombaram,

fracos se fortaleceram e heróis se acovardaram…

Sim… Seja à frente de reinados ou nos bastidores de residências,

sentadas em tronos como rainhas reais ou em pé em casa como rainhas domésticas,

as mulheres têm, escondido ou explícito, um poder diferente,

uma força indescrita,

um segredo não revelado,

um mistério indecifrado.

Mulher. Mar pouco navegado.

Território pouco desbravado.

Alma quase nunca compreendida.

Sentimentos quase sempre pouco correspondidos.

Desejos simples contrafeitos.

Vontades abissais insatisfeitas.

Uma mulher não é só um corpo, embora, mesmo quando acompanhada, seja uma alma só.

Sozinha.

Solitária.

Mulher — usada e ousada.

Mulher — cifrada e indecifrada.

Mulher — que acomoda e incomoda.

Mulher — citação e excitação.

Se o homem veio do barro, as mulheres vieram do pó.

Pó de estrelas.

Por isso brilham.

Por isso luzem.

Por isso ofuscam.

Por isso reinam.

Por isso voam.

…E também por isso nós homens as amamos.


(*) O Dia Nacional da Mulher foi criado pela Lei nº 6.791/80, sancionada apelo presidente João Figueiredo, em homenagem a Jerônima Mesquita, nascida em Leopoldina (MG) em 30 de abril de 1880 e falecida no Rio de Janeiro (RJ), em 1972.

No início do século 20, Jerônima Mesquita estudava na Europa e, ao retornar ao Brasil, trouxe consigo a coragem de enfrentar as situações contrárias às mulheres. Uniu-se a um grupo de senhoras combativas e tornou-se feminista e defensora do direito do voto para a mulher.

A violência contra a mulher brasileira está longe de terminar e o Brasil já é o quinto país do mundo que mais mata mulheres, segundo a Organização Mundial da Saúde.

Em 2020, pelo menos cinco mulheres foram mortas todo dia, por crime de feminicídio.

Em 2018, foram três mulheres vítimas de feminicídio por dia.

A cada dois minutos uma mulher sofre violência no Brasil, chamada lesão corporal dolosa — é a mulher que apanha, que é espancada. Foram mais de 260 mil casos registrados em 2018, só os registros feitos sob a Lei Maria da Penha.

Dos mais de 66 mil casos de estupros registrados oficialmente no Brasil em 2018, 81,8% foram contra mulheres. São 148 mulheres estupradas todo dia, seis a cada hora, uma a cada 10 minutos.

Uma menina de no máximo 13 anos é estuprada a cada 15 minutos — e 75,9% dos agressores são pais, tios, primos, vizinhos, amigos da família e outras pessoas conhecidas das vítimas.

E notícias informam que, não havendo mudança no histórico e no cenário, o Brasil caminha para a triste liderança mundial de violência contra a mulher.

*

Viva a mulher!

Vida à mulher.

Elas, mulheres, só querem ajudar a tornar o mundo melhor, de preferência ao lado da maior obra que elas criaram — os homens.

EDMILSON SANCHES
Administração – Biografias – Comunicação – Desenvolvimento – História – Literatura
PALESTRAS, CURSOS, CONSULTORIA
CONTATO: [email protected]

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