Esse terceiro texto, da trilogia, sobre a Psicologia Afrocentrada em Asa Hilliard III, inspirado desde o curso ministrado pela professora doutora Simone Gibran Nogueira, já apontamos a necessidade de estudarmos sobre o nosso MAAFA (o “desastre” africano da escravidão e colonização europeia e árabe), o SBA(o ensino, sabedoria ou estudo), o MAAT(as cinco esferas de realidade), o WHMY MSW (o redespertar), o MDW NTR (a fala divina), o MDW NFR(o lindo discurso) e o SANKOFA (ovoltar e buscar), todos conceitos keméticos (do Egito Antigo).
Assim, nosso dever de casa para a nossa retomada de consciência afrocentrada, nosso redespertar, nos leva a SEBAIT: o estudo e ensinamento, resgatando a pedagogia indígena Africana do Nilo ao Níger, como propõe Hilliard III. Daí a redescoberta a nós humanos, africanos de origem que todos somos, onde surgiu o Homo sapiens pela primeira vez, surigu também o primeiro livro: The Teachings of Ptahhotep (Os ensinamentos de Ptahhotep, na tradução livre de profra. Simone), que constitue as palavras de um escriba(sábio) kemético (egípcio) que viveu por volta de 2.350 a.C., compostos por 37 ensinamentos curtos.
Esses ensinamentos curtos de Ptahhotep são referidos pelos europeus como literatura de sabedoria, de MDW (palavra falada) NTR (Deus) ou a palavra divina que baseiam o pensamento profundo Africano. Esses ensinamentos são resgatados por Hilliard III e ele mesmo os utiliza em escolas públicas nos Estados Unidos. Incluem tanto questões de pedagogias de socialização quanto temas de desenvolvimento de currículo e outras temáticas Kemitas (egípcias) de SBA, ou seja, de busca de saber ou tornar-se sábio, o que depois, dois mil anos depois se torna em Grécia, os amigos da sabedoria, os filósofos, dos quais muitos estudariam no próprio Egito.
Assim, de Ptahhotep (da pedagogia Africana) se extraem as primeiras concepções do verdadeiro ouvinte-aprendiz, o discípulo, ou: “…aos ouvintes, a fim contar-lhes as palavras daqueles que escutaram os caminhos de nossos ancestrais e daqueles que escutaram os Deuses. “ (in Hilliard III, 1985).