Maria Natividade Silva Rodrigues (Nati Silva) é natural e residente do município de João Lisboa, historiadora, socióloga, professora da Rede Estadual e Mestra em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Maranhão.
Tem experiência na área de História e Sociologia, com ênfase nos seguintes temas: Educação, História e Gênero, Política Pública e Violência (Mulher, Criança e Adolescente).
É membro da Associação Brasileira de Pesquisadores/as Negros/as; da Comissão de Heteroidentidade da Universidade Federal do Maranhão; Ativista do Movimento Negro (Centro de Cultura Negra – Negro Cosme); do Grupo de Pesquisas-MFR. É pesquisadora de Violência Intrafamiliar e Doméstica e sobre a vida e obra da escritora maranhense Maria Firmina dos Reis.
Atualmente é presidente da Academia João-lisboense de Letras.
Tem três obras publicadas: Mulheres, Memórias e Afetos (Editora Estampa, Imperatriz-2022); Violência Intrafamiliar- O abuso sexual contra crianças e adolescentes (Dissertação de mestrado, 2017); Café, Ideia e Poesia (Autora e organizadora da coletânea, participação de alunos, 2017).
FLOR ABOLIÇÃO
Ela nasceu
No lumiar
Da independência.
E claramente
Seguiu
Os passos da docência.
Maria Firmina
É o nome dela.
Que cantou, poetizou e pintou
Uma aquarela,
Nesse grande Maranhão.
Mulher negra,
Primeira escritora
Afrodescendente,
Independente
Fez de sua escrita
Uma trilha eloquente.
Não à escravidão!
A violência!
Viva a resistência!
Viva abolição!
Aos negros dessa nação.
VIOLÊNCIA
Tem a psicológica, a negligência, a física e sexual.
É um problema atual,
Que atinge
Classes, gêneros sem distinção.
Os sinais são cotidianos,
Eles vão do carinho à sedução.
Onde crianças e a adolescentes
Ficam sem ação.
E a família cala,
O silêncio por si não delata,
Medonha situação.
Quero chamar a atenção
Das professoras, das mulheres
E de toda a nação.
Vamos lutar, vamos denunciar em mutirão.
Para um dia,
Gritar, viva a união, hoje vencemos
Essa maldição.
O MEU TEMPO
Tenho um só pra mim.
Vou bebendo-o,
Com goles bem pequenos,
Para saciar a sede
De viver plenamente
QUEM ESCREVE
Alguém que aprendeu
A ser linha e tinta.
A linha onde as palavras
Se encontram e
A tinta onde a
Poesia é desenhada
pela alma do leitor/a.
ADOLESCENTE
É árvore crescendo,
Sedenta de aventuras,
Também sujeito às desventuras,
Provador das ilusões,
Da paixão,
Do amor
Da dor de crescer.