sábado, 22 de março de 2025

Coluna Empreenderodismo Feminino #05: A Síndrome do fim do ano e um possível alento

Publicado em 8 de dezembro de 2022, às 15:17
Fonte: Fonte: Liana Melo – advogada, empreendedora e coach sistêmica.
Imagem: Internet

Final de ano chegando e aquela sensação de que mais uma vez você não alcançou todos as metas traçadas ou os sonhos almejados. Mais alguém se identifica?

Sou daquelas que ama um cartaz de metas, que cola figuras montando o mural da vida extraordinária e que vibra a cada meta alcançada. Aprendi a planejar os meses, os trimestres e os anos. Se sempre sai tudo como o planejado? Não! Com frequência, não.

Também conheço os que preferem seguir a filosofia do “Deixa a vida me levar” e preferem não fazer planos. E ainda os que fazem apenas planejamentos mentais.

Observo que tanto o primeiro grupo, no qual me incluo, como os outros dois podem vir a sofrer da chamada “Dezembrite”, a tal da síndrome do fim do ano. Sentimentos de angústia e tristeza que vão na contramão do clima de celebrações típicas do mês de dezembro. Tal reação pode ter causa na expectativa do ano que está por vir somado à frustração pelos acontecimentos do ano que passou.

“Ano novo, vida nova” ou será tudo igual? Que sentimentos o final de ano desperta em você?  Aproveitando esta “vibe”, quero deixar para você um presentinho de Natal, um exercício que ajuda a lidar com este turbilhão de emoções típicas desta época:

Vai ser uma vivência gostosa dividida em três etapas, vamos nesta?

Desde crianças, fomos programados para pensar e formar opinião sobre algo com base em um raciocínio lógico, mas quase nunca incentivados a observar e acolher nossos sentimentos. Ou seja, na verdade desaprendemos a perceber as emoções.

Quer tentar, junto comigo, refazer esta conexão? Só tem um jeito de nos tornarmos hábeis em lidar com as emoções: tendo consciência de que somos seres emocionais e que nosso corpo fala e não se engana, emoção se sente na carne.

Quer uma prova? Quando você está nervoso por algum acontecimento, quem te avisa do nervosismo é seu palpitante coração ou aquela famosa sensação de “borboletas no estômago”. Não é mesmo? E quero deixar mais uma orientação que vai ajudar-aprendemos experimentando, e eu convido você a experimentar o exercício proposto.

Munidos dessas informações, vamos lá para a primeira etapa: pense neste final de dezembro que está por vir, neste ritual de passagem típico de todos os finais de ano, agora em vez de focar nas proposições que seu cérebro fará a respeito foque nas reações do seu corpo. Aconselho você a parar um minuto a leitura e concentrar-se nestas reações físicas e apenas deixar vir e ir os pensamentos que continuam a aparecer.

Procure reações em todas as partes do corpo, se desejar pode ir fazendo um escâner de baixo para cima, pés, cada parte das pernas, quadril, pelves, barriga, peito, braços, mãos, cabeça. Simplesmente sinta alegria ou melancolia, esperança ou falta dela, vontade de ir na direção de algo ou de simplesmente não fazer nada, sensação de gratidão ou frustração. E por aí vai, apenas observe, sem julgamentos, todos os sentimentos que se apresentarem.

Então! O que sentiu? Pode ser que você precise fazer este exercício várias vezes, em outros momentos, para poder ser capaz de ouvir o que seu corpo fala. No seu tempo, continue a leitura.

Nossa segunda etapa consiste em um exercício de escrita: descarregue em um papel todos os acontecimentos da sua vida ao longo do ano que está findando, todos que vierem a mente, por exemplo, “comecei um relacionamento, terminei um relacionamento, comprei um celular, mudei de emprego, fiz tal curso, ganhei peso, perdi peso”, tudo mesmo, do que possa parecer grande, como um luto ou um nascimento na família, casamento, conquista ou perda de bens a algo singelo como “fiz um novo amigo”. Feito isto marque com um X os acontecimentos negativos que você não quer que se repitam no ano que vem e faça uma despedida deles, usando frases de cura, como por exemplo “obrigada a tudo como foi e da forma que foi”.

Entenda que você ou os envolvidos nessas ações que você quer deixar para trás fizeram o melhor que podiam, com os recursos disponíveis no momento e agora, por ser uma pessoa que aprendeu algo com isto, você pode escolher fazer diferente. Encontre a beleza oculta no fato negativo, ela sempre está em tudo, até na mais dura perda.  Quem se despede sem gratidão não consegue cortar o vínculo e acaba repetindo padrões de dor. Despeça-se com amor das situações que não quer repetir no ano novo.

Agora olhe para tudo o que sobrou na folha, para as coisas positivas que lhe aconteceram e solte um brado de vitória, grite um aleluia, pule, erga as mãos, bata no peito e parabenize-se, faça sua carne sentir felicidade pelas mínimas realizações destes últimos 12 meses, então escolha o que quer carregar com você para o próximo ciclo, na sua imaginação, vista-se para a festa da virada e, tomado pelo sentimento da gratidão, você já pode passar para a última etapa do exercício.

Esta última etapa consiste em você visualizar um ano com todas as suas conquistas desejadas, mesmo as que hoje parecem improváveis e pôr tudo no papel, escrevendo e/ou usando desenhos e colagens e com a maior riqueza de detalhes possíveis.

A mente humana é hábil em criar ideias e não em guardá-las, por isso guarde este cartaz de metas com você e exercite a visualização diária, olhe com amor para cada imagem ou texto e sinta-se realizando aquilo. A técnica da visualização é tida pela neurociência como uma ferramenta essencial na realização de um sonho, porque o cérebro nunca sabe quando está vivenciando algo, ou quando está imaginando, então se você se sente como se já possuísse aquilo que quer, seu cérebro passa a acreditar que tem os meios para conquistar este objetivo, ele pensa que já fez isto uma vez então pode fazer de novo.

Tá aí, as três etapas do nosso exercício que pode ajudar a diminuir a melancolia e a ansiedade pelo final do ano, em resumo, treine para permitir-se sentir ao invés de apenas pensar, faça o exercício de despedir-se com gratidão das vivências que trouxeram dor neste ano e munido de gratidão ouse sonhar com o melhor ano de sua vida e montar o seu cartaz de metas para 2023.  O plano de ação vem depois, se precisar de ajuda para ele chame ou simplesmente, agora que andou treinando, ouça seu coração (seu corpo), pergunte como andar na direção do seu sucesso e ele vai responder.

E, despedindo-me com gratidão de você e do ano de 2022, findo com uma frase de Ferreira Gullar, “maranhense do pé rachado” como eu, que diz: “Caminhos não há, mas os pés na grama o farão”. E agora diz você, sente-se mais forte para caminhar pelo próximo ano? Desejo a você um 2023 com muitas marcas de pegadas na grama porque caminhos fazemos caminhando!!!

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