terça-feira, 10 de dezembro de 2024

Mural das Minas #28: BETÂNIA PEREIRA: LITERATURA ECOANDO SENTIDOS

Publicado em 10 de dezembro de 2022, às 7:58
Fonte: Da Redação
Imagem cedida pela autora.

Betânia Pereira é maranhense. Natural de Buriti Bravo-MA.
Funcionária pública.
Escreve desde que se entende como ser no mundo. Eclética na arte, dinâmica, em mutação.
Nos seus escritos não fala de si, mas de todas as pessoas que rondam as vidas que ela viveu e as que ainda vai viver.
Betânia participou de diversas antologias, entre as quais: “Fênixart – Nossa Arte em Livros”, “Entre Palavras e o Mundo que Vejo”, “Simplesmente Elas”, “Permita-se Florescer”.
A autora é colunista da revista internacional the bard. Seus livros estão disponíveis na Amazon.
É ativa nas redes socias, no Instagram @btannia (ecoando sentidos).

MIGALHAS

Pedacinhos jogados ao chão, fanicos nos vãos.
Sobras sem uso, restos das sobras, um pouco confuso.
Cibalho alimentando aves livres!
Cigalho insignificante.
Significante para quem tem.

Fragmentos que se soltam entre os dedos, migalhas!
Todo mundo tem um segredo, um medo, um enredo, envolvendo migalhas! Estou certa?
Nessa linha de pensamento, se a vida vai além do que juntamos e se faz sobre aquilo que espalhamos, lembremos de juntar as migalhas e torná-las pães inteiros para espalhar por aí.

MERGULHOU

Foi Maria madalena, Saulo de Tarso,Judas Iscariotes, Barrabás, Pedro, Samaritana. Se vestiu de muitos.
Depois de ter percorrido caminhos, experimentado, rios e mares. Se afogado e asfixiado em águas rasas. Tentar montar os quebra-cabeças, peças perdidas, quebradas, deixada em brasas.
Resolveu voltar e no caminho de volta encontrou, sem pesares.Escolheu voltar para si.

Encontrou e refez o quebra-cabeças, colocou as peças e abriu o mapa!
Viajou para si. Havia saído sem rumo, sem saber nada, por etapa.
Sem termômetro, altas temperaturas derreteram seu ser e se entregou.
Não resistiu. E as temperaturas oscilaram e morreu na Praia.

Mas amou.
Foi Maria, Martha, Zaqueo, Cirineu. Lázaro.
Reviveu.
Cansada(o), exausta(o). Encontrou!
Em si, é o melhor lugar!

DÉDALOS DA VIDA

Olhos em midríase, vermelhos em brasa, pontadas nas têmporas, líquido vertendo sobre o nariz, gota a gota. Os automáticos crepitam na mente. Ou seriam mantras? Me deem respostas!
Enfiam goela abaixo, digerindo sem sabor, com dor, algumas vezes. Te fez sangrar. Repete, acredita, é verdade.

— “SEJA SEMPRE VOCÊ”.
As vísceras à mostra!
Permitiu que te dilacerasse! Coração taquicárdico! Sangrando.
Não, tu não se perdeu, rei Teseu! Ariadne é a dona do fio, percorre o labirinto com sagacidade.Vai!

Sempre esteve lá! (sempre foi você). Estratégias de fuga? Para se esconder? Se defender? Sim. Adaptações normais para não ser decapitada.
— “VOCÊ É SUFICIENTE”
Falhou, quebrou-se. Não se conformou.
Levantou, espada na mão. Sentiu-se Teseu.
Algumas estradas são labirintos, outras linhas retas.
Os dédalos são para serem transpostos.
Sempre há um fio de Ariadne. Você sempre pode mais!

— “VOCÊ MERECE O MELHOR”.

Merece sempre o melhor, não como recompensa (Nós e os sistemas de recompensas, assunto p outros posts) por algo que fez, para encaixar nos padrões. Mas por ser inerente ao ser, não há condições, imposições.
Porque és labirinto, és ariadne, és Teseu, és Minos.
— VOCÊ É…
Sou, me faço, me permito e permito. Só não posso me condicionar: a pensamentos, frases. Mas necessário criar o seus próprios fios.

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