Realizamos, em 09 de março de 2024, o encontro virtual de integrantes da Rede-ERA, que é uma rede de trabalho, encontros e trocas de saberes ou Encontro da Rede de Articulação (ERA) de Psicologia, povos indígenas, quilombolas, tradicionais, de terreiro e em luta por território. A Rede compõe psicólogos/as e povos que inicialmente se encontraram em setembro de 2018 na Escola Nacional Florestan Fernandes (ENFF), Guararema-SP.
Ressalta-se que a escola ENFF é uma escola de formação política, estando em relação com a dimensão política da Psicologia dos Povos da Terra, inerente à luta que nós psicólogos nos propomos. Assim, o primeiro ERA foi organizado por profissionais da Psicologia como o psicólogo e professor Dr. Bruno Simões Gonçalves dentre diversos outros, como professor Ignácio Dobles da Costa Rica, a liderança feminina indígena Julieta Paredes da Bolívia, com apoio do Conselho Federal de Psicologia (CFP), do Sistema Conselhos de Psicologia, como o psicólogo Paulo Maldos do CFP, que tem uma militância histórica com os povos e comunidades, bem como a professora Eunice Guedes da Universidade Federal do Pará (UFPA), pessoas de comunidades tradicionais diversas, como do Movimento dos Sem-Terra (MST), dentre outros profissionais e pessoas não menos importantes, aliás todos foram e são importantes ao somar no movimento de luta pelo bem-viver dos povos.
O encontro do dia 09 de março se torna importante porquê houve uma dispersão desde o primeiro encontro, mas também um desejo de reencontro e retomada, pois o evento político de psicólogos/gas que trabalham com comunidades tradicionais diversas se mostrou potente de realizações e trocas diversas na militância, nas ações e mesmo nas pesquisas acadêmicas atuantes de profissionais da Psicologia, uma força que não deve ficar somente na memória.
Fica registrado que participaram online em torno de 25 membros, um número bem menor se comparado com o evento inicial, mas rememorou-se o momento de 2018, pensou-se como nos fortalecer, como crescer e amadurecer a retomada como Rede de trabalho, apoio e afetos em relação ao ideal ao qual os psicólogos/gas se lançam, propõem, militam ou caminham juntos com os Povos da Terra: nome sugerido pelo próprio professor Bruno, em relação os povos originários e comunidades tradicionais, pois são todos Povos da Terra, em lutas por tudo que seja justo e humanizador: território, água potável, segurança alimentar, alimentos sem venenos cancerígenos, afetos comunitários, saúde integral e bem-viver no planeta Terra.
