quinta-feira, 20 de março de 2025

DICAS DE COMO ENFRENTAR A DOR PROVOCADA POR ROMPIMENTOS AMOROSOS

Publicado em 24 de fevereiro de 2024, às 8:37
Fonte: Péricles de Souza Macedo – Psicólogo pela UNINOVE- SP. Mestre em Psicologia Social pela PUC-SP. Psicoterapeuta e Professor Universitário.
Imagem: FreePik Premium.

Os rompimentos amorosos, ao contrário do que muitas pessoas pensam, provocam significativo sofrimento na vida de quem os vivencia. É bem provável que todos nós em algum momento da vida, experimentemos a dor de perder alguém que amamos muito. Essa dor tende a ganhar contornos maiores, sobretudo, quando não há validação por parte de outras pessoas. A validação do sofrimento é condição significativa para que o sujeito consiga suportá-lo, enfrentá-lo e ressignificá-lo. Quando os nossos sofrimentos são compreendidos pelas pessoas com quem convivemos, tornam-se mais fáceis de serem suportados. A perda de um relacionamento amoroso pode levar a pessoa a experimentar uma variedade de emoções intensas , como tristeza, solidão, raiva e desamparo. Compreender a perda decorrente de um rompimento amoroso é condição fundamental para a pessoa não se perder. Perdas são partes constitutivas da vida e uma perda não deve fazer com que nos percamos.  Os rompimentos amorosos costumam instalar uma revolução em nossas vidas e a forma como lidamos com esse momento pode contribuir para o nosso movimento, o nosso crescimento ou nossa estagnação. As perdas são dolorosas e inevitáveis, todavia, podemos torna-las suportáveis e para que isso aconteça, alguns passos são fundamentais. A compreensão e a aceitação da dor emocional são os primeiros passos para lidarmos com ela de modo saudável. A validação da ‘dor de amor’,( sim , isso mesmo, o amor é uma das experiências mais importantes para o ser humano, todavia, contraditoriamente é uma fonte de felicidade, mas, também, uma fonte de sofrimento), é uma etapa importante no processo de luto e ressignificação da história amorosa vivida. A seguir, apresento alguns passos que podem ajudá-lo a lidar melhor com as perdas amorosas, lembrando sempre que cada perda é única e que não existe uma receita universal aplicável a todas as pessoas. Cada pessoa encontrará uma forma de produzir alívio para suas dores com os recursos que possui.

ACOLHA A PRESENÇA DA DOR – Muitas vezes na tentativa de nos livrarmos da dor ou de ‘eliminarmos” a dor , podemos lançar mão de estratégias que serão prejudiciais no médio-longo prazo, como compulsões , uso abusivo de álcool e outras drogas. Não se aprofunde na dor, mas, trate-se com compaixão e aceite que nesse momento você está sofrendo.

LEMBRE-SE DAS OUTRAS ÁREAS DA SUA VIDA – É comum ao vivenciarmos perdas focarmos excessivamente na situação dolorosa e isso pode intensificar ainda mais o sofrimento. Olhar a perda para comprendê-la e ressignificá-la, todavia, a vida não se resume à uma situação de perda. Olhar para o todo pode ser uma estratégia bastante eficaz no sentido de imprimir uma percepção positiva por meio da ampliação de foco sobre pontos positivos que compõem a vida. Investir em amizades significativas, família, intelecto, lazer, entre outras áreas.

EVITE A RUMINAÇÃO – “ e se”, “ eu deveria”, “ele poderia” – Evite passar pelos mesmos pensamentos de forma repetitiva. Pensamentos disfuncionais podem despontencializá-lo e colocá-lo numa posição de estagnação. Cultive pensamentos potencializadores que colocarão sua vida em movimento. Viver é movimentar-se. Coloque-se sempre em direção ao movimento. Movi(mente)-se e a vida aos poucos vai ganhando novos significados.

TENHA UMA REDE DE APOIO – O isolamento é parte do processo de vivência do luto, contudo, ele precisa de um prazo de validade. Saber encontrar esse equilíbrio é importante. Negar a experiência e achar que nada aconteceu é um problema, isolar-se excessivamente, também, é um problema. Alimente sua rede de apoio e se possível, amplie-a e fortaleça-a.

BUSQUE AJUDA PROFISSIONAL – É sempre importante a ajuda profissional, principalmente quando você tem a percepção de que está difícil dar conta sozinho.

E, lembre-se sempre, como dizia a poetisa Clarice Lispector “Ainda bem que sempre existe outro dia. E outros sonhos. E outros risos. E outros amores. E outras pessoas. E outras coisas…”

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