sábado, 24 de maio de 2025

TU ÉS

Publicado em 2 de janeiro de 2024, às 7:06
Fonte: EDMILSON SANCHES é membro da Academia Maranhense de Ciências, do Conselho Regional de Administração, do Conselho Regional de Contabilidade, do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão, da Academia Internacional de Literatura Brasileira (Estados Unidos), do Instituto Histórico e Geográfico e Academia de Letras de Caxias, e de Academias de Letras dos Estados do Maranhão, Pará, Espírito Santo e São Paulo.
Imagem cedida pelo autor,

BBB. Ser BOM. Fazer o BEM. Contemplar o BELO.

É bom estar e sentir-se bem.

Dever a bancos, mas não dever à consciência.

Ser movido a desafio, e não a dinheiro.

Estar na sede do poder, mas não ter sede dele.

Não prejudicar, se não puder ajudar.

Não roubar. Não chantagear. Não iludir.

Abraçar, não apunhalar.

Estender as mãos para auxiliar, não para extorquir.

Elevar, ao invés de fazer cair.

Não buscar fora, no mundo, o que só se acha dentro do próprio ser.

Sobreviver após a vida e, ao ser lembrado, sê-lo com a lágrima, não com o cuspe. Com reconhecimento, não com desmerecimento.

Ser lembrado com saudade. Uma saudade que até possa ser brindada com um sorriso que imortaliza, não com o só riso que ironiza. Uma saudade que diga que valeu a pena a nossa existência.

Assumir, doce e espontaneamente, a ingenuidade. E não se conformar com a esperteza, a malícia, a corrupção, a violência, o desrespeito, que só escavam para si côvados de cova.

Que bom enfrentar as dificuldades  —  e que ótimo não criá-las para os outros.

Ser bom. Se possível, ser com.

Ser humilde, mas não humilhado. Ousado, não usado.

Incomodar-se, mas não se acomodar.

Ser um ser de esperança; portanto, um ser de inquietudes e angústias sadias.

Ser fúria e ser forte ante a violência menor; mas ser manso e criança ante o Mistério Maior.

Silenciar, quando estratégico; mas gritar, bramir, bradar, rugir, quando indispensável.

Reconhecer-se feito à imagem e à semelhança de Quem o fez, embora sem a perfeição do Bem/Feitor. Ter consciência de que é filho de Deus, não o próprio Deus.

Lembra-te, ó, ser humano: Tu não te tornarás pó  —  tu ÉS pó.

És barro, és borra, és berro. És burro? Chega de birra…

És pá

És pé.

És pó.

A terra que violentas é tua mãe. O solo que pisas é teu irmão. Tu és homem, tu és húmus.

Entretanto, o essencial de ti não veio com o barro. Veio com o toque cálido dos lábios soprando o sopro vívido de Deus.

Tu és a tua alma. E ela é só o que tu tens  — para, espera-se, devolvê-la, ao final de tudo, a Deus.

Adeus..

Bom 2024. (EDMILSON SANCHES)

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