Assim como em 2012, e novamente durante a pandemia, em 2020; o fim do mundo voltou a ser temido e incansavelmente falado em jornais, sites e redes sociais. Mas diferente da música “Eva”, o fim da aventura humana na terra não é porque “o sol não apareceu” mas justamente o contrário. Estamos sendo sufocados por ele.
A onda de calor, que vem batendo recorde em todo o mundo, é fruto e consequência de anos de desmatamento, exploração dos recursos naturais, falta de preservação da natureza, poluição do ar, entre outros infinitos motivos causados por nós, humanos.
Mas esse não é nem de longe o primeiro sinal do fim “da odisseia terrestre”. Há muito tempo os humanos vêm interpretando acontecimentos com o início do apocalipse, desde o fim do calendário Maia a um vírus que dizimou milhões. Sabíamos que tanto descuido teria consequências, mas sempre esperamos que a próxima geração pague o preço.
A canção foi certeira ao dizer que é “o fim da aventura humana na terra”, porque nós vamos desaparecer, mas o planeta continuará aqui, se recuperando do grande mal chamado: homo sapiens. E para nós, não resta mais a arca de Noé, ou uma última astronave.
3 respostas
Belíssimo texto! Parabéns!!!!
Belíssimo texto! Parabéns!!!
Ao exprimir grave advertência em termos poéticos, o texto cumpre, por meio de apreciável emoção estética, a função de comunicar não apenas fatos, mas sentimentos e significados profundos.
A propósito, o sábio Jiddu Krishnamurti já advertia, décadas atrás, que, a menos que transcenda a tempo a conflituosa e atribulada fase egoica, “o homem não terá passado de poeira da história”.