Por: Marcos Fábio Belo Matos. Jornalista, professor universitário e escritor. Vice-reitor da UFMA.

A Ufma está na região sul-sudoeste do Maranhão desde o fim dos anos 1970, quando iniciaram os primeiros cursos vinculados ao projeto Rondom, depois sendo criado o campus de Imperatriz, com os cursos de Pedagogia e Direito, em 1980 e, posteriormente, o de Ciências Contábeis. Já são 42 anos de trabalho contínuo, em um processo forte de interiorização.

O passo seguinte foi a transformação, em 2005, do campus de Imperatriz em Centro de Ciências Sociais, Saúde e Tecnologia (CCSST), com a consequente implantação de mais três cursos: Enfermagem, Engenharia de Alimentos e Comunicação Social – Jornalismo. E, cinco anos depois, em 2010, a abertura dos campus de Grajaú e Balsas, ampliando ainda mais a área de abrangência e de ação da universidade.

Essas três unidades criadas e desenvolvidas serviram para alimentar um sonho antigo daquela região – e de outras que, igualmente, nutrem tal desejo: verem ser criada uma nova universidade federal. O Maranhão, sempre bom lembrar, é um dos oito estados brasileiros e um dos três nordestinos com apenas uma universidade federal.

Nas gestões anteriores, demos passos largos para criar uma infraestrutura que pudesse sustentar a implantação de uma nova universidade federal na região sul-sudoeste do estado, porque sempre vimos ali uma grande potencialidade para que isso seja feito. Trabalhamos para a ampliação dos cursos de graduação – e hoje, juntando-se as três unidades, Imperatriz, Grajaú e Balsas, temos 15 cursos de graduação, em todas as áreas do conhecimento. Também lutamos para a implantação de cursos de pós-graduação strictu sensu e hoje a região conta com 5 mestrados e um doutorado, sediados em Imperatriz. Igualmente, dotamos esses campus de uma estrutura de espaços administrativos, salas de aula e laboratórios que permitem o bom funcionamento dos cursos instalados – destaque para o recém-inaugurado campus de Balsas e para a recém-iniciada obra de construção de um novo prédio na unidade do Centro de Imperatriz. Essa é uma questão muito importante, tendo em vista que, sendo implantada, a nova universidade federal receberá da UFMA tais estruturas e já começará com um tamanho respeitável.

Há dois anos, em uma ação de gestão, conseguimos a aprovação, no Conselho Universitário (CONSUN), por meio da Resolução 326/CONSUN, de 24 de setembro de 2020,  de uma Moção de Apoio à criação da nova universidade federal na região sul-sudoeste maranhense.

Temos a confiança de que, em breves dias, o projeto da nova universidade federal sairá do papel e se transformará em realidade, beneficiando, diretamente, uma população enorme, distribuída por 22 municípios do Maranhão, além daqueles localizados em estados vizinhos, como o Pará e o Tocantins, que sofrerão um impacto positivo a curto, médio e longo prazos com a efetivação desta iniciativa.

Uma universidade, quando chega a uma comunidade, gera empregos, traz esperanças de futuro melhor para os jovens, fomenta as ações de ensino, pesquisa, extensão, cultura, empreendedorismo, inovação. Ainda mais quando já nasce madura, com um caminho percorrido pela universidade que a criou, que lhe presenteia com o que já está construído.

No nosso caso, que lutamos por isso, vai ficar também a alegria de que conseguimos dividir para somar.