sexta-feira, 7 de fevereiro de 2025

Coluna 20 – Enemies to Lovers, Haters to Lovers e Rivals to Lovers: Qual a diferença?

Publicado em 31 de março de 2023, às 15:36
Imagem cedida pelas autoras.

 Por: Artemisa Lopes (@artemisalopes_) e Laura Zacca (@lauraa_zacca), do Canal Luna Solis

Sendo uma das tropes literárias mais queridinhas da atualidade, o “Enemies to Lovers” possui outras duas variações que também têm conquistado um certo favoritismo entre os leitores. Estamos falando, é claro, do “Haters to Lovers” e do “Rivals to Lovers”. Nesses tipos de enredo, o casal geralmente costuma ter bastante implicâncias entre si, mas cada uma das tropes possuem certas diferenças, que fazem cada uma delas ter a sua peculiaridade. Hoje, trazemos as definições dessas tropes, além de livros onde podemos ver exemplos onde temos casais que representam cada um desses cenários.

Antes de mais nada, vale a pena relembrarmos a definição de “Trope Literária” para aqueles que não estão familiarizados com o termo. Basicamente, tropes são recursos narrativos utilizados para contar histórias. Ou seja, modos recorrentes de conduzir histórias estabelecidos a partir da concepção geral de uma repetição narrativa. Em termos gerais, é o famoso clichê.

Na trope do “Enemies to Lovers” (ou em tradução literal “de inimigos para amantes”), se refere ao um casal que inicia a trama como inimigos, seja por razão de rivalidade, conflito político, ideológico ou social, mas que com o passar do tempo acabam descobrindo que o ódio mútuo entre ambos era uma atração. Como exemplo, temos o famoso casal Romeu e Julieta, da peça de Shakespeare, no qual o casal protagonista são de famílias inimigas, mas apesar disso, eles acabam se apaixonando. 

Casos como Elizabeth Bennet e Mr. Darcy, de “Orgulho e Preconceito”, Henry e Alex de “Vermelho, Branco e Sangue Azul” e Anthony Bridgerton e Kate Sheffield, de “O Visconde Que Me Amava”, são exemplos de Enemies to Lovers que também se encaixam na derivação do Haters to Lovers, em que as rivalidades começam por conta de algum mal entendido que faz com que o casal protagonista se odeie.

Em “Orgulho e Preconceito”, Elizabeth acredita em fofocas mal intencionadas sobre Mr. Darcy, enquanto ele tem receios em se relacionar com ela devido a posição social de ambos. Já em “Vermelho, Branco e Sangue Azul”, Henry e Alex passam a se odiar após um mal entendido durante um evento político no qual ambos estavam por serem figuras públicas, uma vez que Henry é o príncipe da Inglaterra e Alex, o filho da presidenta dos EUA. Após o incidente, os rapazes passam a se desentender sempre que estão no mesmo ambiente e começam a nutrir um ódio mútuo. Outro livro em que o ódio mútuo se inicia por conta de um mal entendido é “O Visconde Que Me Amava”, no qual Kate acaba ouvindo uma conversa de Anthony em que ele revela que não está interessado em se casar por amor. Kate passa a nutrir um ódio pelo visconde quando o mesmo começa a cortejar a irmã dela, Edwina, e faz de tudo para afastá-lo dela, o que o faz também retribuir o sentimento de ódio.

A outra variação do Enemies to Lovers é a trope do Rivals to Lovers, em que o possível casal  são inimigos, porém o enredo se destaca devido a rivalidade ser posta à prova na qual eles competem diretamente um contra o outro em alguma área da vida, como trabalho, esporte, política, meios acadêmicos e outros. No livro “O Circo da Noite”, por exemplo, os personagens Marco e Celia disputam uma competição mágica no Circo da Noite no qual o vencedor vai ter que tirar a vida daquele que perder, mas, no meio das provas, eles acabam se apaixonando. Em “É assim que se perde a guerra do tempo”, Red e Blue fazem da vida uma da outra um inferno. Isso porque ambas trabalham para agências temporais rivais. A rivalidade entre ambas é tanta, que elas chegam a causar guerras temporais a fim apenas de se atrapalharem.

Existem livros onde podemos encontrar também todas essas tropes no enredo, como é o caso de “O Príncipe Cruel”, em que casal protagonista, Jude e Cardan, iniciam a trama como o típico Enemies to Lovers, mas com o decorrer da narrativa, isso evolui para um Haters to Lovers, ao ponto de sua declaração de amor mais famosa ser literalmente um “eu te odeio”. Posteriormente, eles chegam às vias de competir pelo trono de Elfhame, entrando na trope do Rivals to Lovers também.

Em resumo, a trope Enemies to Lovers diz respeito a um casal de inimigos que se apaixonam e, derivando dessa premissa, temos duas variações: o Haters to Lovers, em que o casal se odeia por conta de algum mal entendido que os fazem serem inimigos, e o Rivals to Lovers em que a inimizade acontece por conta de o casal estar competindo em alguma área.

O Haters to Lovers em “Os Renegados de Camelot”

Lançamento em breve!

Na trama do primeiro livro da trilogia dos “Cavaleiros de Merlin”, somos apresentados ao paladino Gregory de Earendil e ao tiferino Kairon, que por conta de suas origens possuem naturezas opostas: sagrado versus profano, com Gregory sendo o Portador da Luz Divina e Kairon, como filho de um dos Sombrios, manipula magia profana com maestria.

Devido à essência oposta de ambos, eles começam o enredo não simpatizando um com o outro. Com o passar do tempo, as implicâncias e a rivalidade vão aumentando ao ponto do ódio entre ambos colocar até mesmo a equipe em perigo. Tanto Gregory quanto Kairon começam a notar que o ódio entre eles aos poucos está se transformando em uma atração fatal, que ambos negam a todo custo. Será que eles conseguirão ficar juntos apesar dos empecilhos?

Em breve você poderá acompanhar essa jornada. Siga nossas redes sociais para mais novidades.

Artemisa: @artemisalopes_

Laura: @lauraa_zacca

Canal Luna Solis: @canallunasolis

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