sexta-feira, 24 de janeiro de 2025

Mural das Minas #23: SHARLENE SERRA: poesia para sentir a humanidadeMural das Minas #23:

Publicado em 6 de novembro de 2022, às 9:37
Fonte: Da Redação
Imagem cedida pela autora.

Sharlene Serra, natural de São Luís – Maranhão, poeta, escritora.
Graduada em Desenho Industrial e Pedagogia. Especialista em Educação Inclusiva.
Autora de 8 livros. Participou de diversas antologias nacionais. Coordena o projeto Geração de Escritores Mirins.
É membro da Academia Poética Brasileira – PR; vice-presidente da AJEB – Associação de Jornalistas e Escritoras do Brasil, coordenadoria do Maranhão; membro da UBE – União Brasileira de Escritores; membro da AILB – Academia Internacional de Literatura Brasileira; membro da sociedade de Cultura Latina; membro da Academia Joanina de Letras, Ciências e Saberes Culturais.

NOITELOGANDO

Noite dialoga
cíclica
que gira
gira
gira
cama
cheia de vontades
gaiolas
amarras, desejo de
liberdade!

A mente inquieta,
resiste:
O presente existe!
o futuro infinito, visto
sorridente e de malas prontas.
O dia renasce
as palavras passeiam
pelas minhas veias.

E eu sangro
textos doloridos
mas não morro
Renasço!
começo tudo de novo.

E noitelogando, desejo
encher-me de palavras
adocicadas por Cora
para que eu
engravide de
todos os
versos.

O parto será meu melhor
destino.

MULTIPLICIDADE DA MULHER

Mulher gera
É produtiva
Acerta, erra…
Mulher na delicadeza da Fera!

É medicinal,
terra fértil
se empodera,
É guerra, luta!
vitória
óvulo eclode,
ventre transforma,
explode

Está viva, dentro tem vida
Mulher se multiplica,
Triplica
Não brinca, bipolariza

Vira Águia,
leoa, uma por vez,
Ou os dois juntos, talvez…

O nascer lágrima vira riso
Mulher se rasga
E se transforma
Em choro-luz.

CLAMOR DA INFANCIA

Infância
diluída no silêncio
brincando de
chorar
marcadas
pela dor
pelo espinho
da flor

Crianças
de luzes
apagadas pela
violência

Violência parente
aderente
chega sorrindo
estende a mão
ar de graça
exige respeito
ameaça..

Lágrimas brotam
em forma de criança
e o sussurro
o silêncio
o olhar
clamam
imploram…
Infância.

SÚPLICA DA MULHER

Início da humanidade
muitas de nós,
ceifadas por desumanidade

A mulher gera
Ignora a sua sorte
Mulher
Mãe
Dá à luz
A própria morte.

Homem nasce
Se acha dono
Toma posse,
se esconde no passional
amor fora do normal
justifica e
mira
na negação, atira.

Repudio tal ato
Homem esgoto
Abomino
Interrompe a vida ou
faz a mulher se sentir um lixo.

Aviso, ao matar uma,
arranca o coração de
um milhão.
O ato meu caro,
te leva à condenação.

A mulher cansada, apenas suplica:
Homens, parem de matar
quem te dá a própria vida.

GRAVIDEZ LUNAR

Ei, Lua!
abraça-me na
noite uivante
De Lobisomem
Inexistente.
Ecoa teus segredos
em mim
E me encha de palavras
Para que eu, nua, tua
Engravide de
Todos os
versos.

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