Direto das areias de Copacabana, o futevôlei surgiu nos anos 60 e logo ganhou o coração dos cariocas. A princípio, o esporte era um meio de burlar uma ação policial que proibia a altinha, esporte famoso na região.
Pensando em uma forma de continuar a prática esportiva, um grupo de amigos decidiu migrar para o início da faixa de areia, próximo ao local em que os campos de vôlei se localizavam e adaptaram o jogo de vôlei para ser jogado com os pés.
Se antes o futevôlei era praticado por homens, hoje o público feminino luta firmemente pela sua visibilidade no esporte. Um exemplo de sucesso é a dupla campeã, Lane e Ray, que vem se consolidando como referência na categoria em todo o mundo.
Percorrendo todo o país, o esporte chegou ao Tocantins e as mulheres tem ocupado o seu espaço, como é o caso de Luísa Leite Viterbo, empresária e estudante palmense.
Uma história que começou na infância
Foi sob influência de seus dois irmãos mais velhos que já praticavam várias modalidades esportivas, que Luísa, ainda criança, adentrou nesse universo.
A jovem de 24 anos conta que logo tomou gosto pelo futebol e mais tarde, ao mudar-se para Brasília para fazer faculdade, começou a participar do time de futebol da instituição em que estudava, conhecendo o futevôlei por meio de suas parceiras de time. Luísa começou a praticar o esporte em 2017, neste período o futevôlei já era conhecido em Palmas, no entanto, era composto pela maioria absoluta de homens.
Apesar da representatividade feminina dentro do esporte andar a curtos passos, a empresária ressalta que há um incentivo positivo por parte da Federação de Futevôlei Tocantinense para que as mulheres façam parte deste esporte, dando espaço para que elas ocupem todas as arenas.
Luísa define o futevôlei como um esporte difícil e que exige muita dedicação, mas também muito prazeroso. A estudante encoraja outras mulheres a iniciarem no esporte e acredita que uma forma de fazer isso é mostrando o potencial das mulheres na prática dessa modalidade, “através de constância e treino qualquer mulher pode jogar futevôlei assim como qualquer homem”, afirma.
O futevôlei no Tocantins
No estado, o esporte desenvolve-se na última década, conforme conta Leonel Augusto Nogueira de Souza, 36 anos, professor e presidente da Federação Tocantinense de Futevôlei.
Sua história com o futevôlei iniciou no ano de 2014, tornando-se professor da modalide apenas quatro anos depois. No ano de 2019, tomou a frente da presidência da Federação Tocantinense de Futevôlei.
Há 8 anos envolvido com o esporte, o mineiro que já completa 16 anos vivendo na capital palmense, conta que o esporte tem uma boa visibilidade no estado, sendo que diversos municípios já praticam e na capital o número de adeptos vem aumentando. Para o próximo ano, a prioridade é a capacitação profissional dos professores da modalidade.
Leonel conta que a prática feminina no esporte ampliou desde o último ano em todo o estado, ressaltando que as mulheres tem realizado grandes feitos dentro das arenas.
Futevôlei das Minas promove a prática esportiva entre mulheres na capital tocantinense
Com mais de dez arenas em Palmas e campeonatos semanais, as mulheres ainda sentem uma certa carência no fomento à categoria feminina. Com o intuito de integrar e incentivar a participação feminina na prática no esporte, a atleta Giselly teve a ideia de criar o “Futevôlei das Minas”.
O grupo, no qual só participam mulheres que jogam o esporte no Tocantins, teve início a partir de uma turma de seis amigas, esposas de atletas de futevôlei.
De acordo com a atleta, infelizmente a ideia de levar as amigas para jogarem não deu certo e ela acabou retirada do grupo. Foi a partir dessa negativa das integrantes que Giselly resolveu criar o Futevôlei das Minas e incluir todas as mulheres que tinham interesse e que já praticavam o esporte.
Hoje, o grupo conta com 93 participantes de todo o Tocantins e a tendência é que esse número cresça cada vez mais.