terça-feira, 15 de outubro de 2024

Setembro amarelo: 5 leituras para refletir sobre a saúde mental

Publicado em 19 de setembro de 2022, às 15:20
Fonte: Hyana Reis – jornalista e escritora.
Imagem: Alesp

Empatia, essa é a palavra que define o mês de setembro, cuja campanha de prevenção ao suícidio pinta de amarelo o mundo ao nosso redor. E nada gera mais compreensão sobre alguém do que ver a vida sob seu ponto de vista. Por isso, a leitura é uma ferramenta fundamental de conscientização sobre a saúde mental.

Confira abaixo cinco leituras que refletem, relatam e dissertam sobre depressão, ansiedade e suicídio, para entender mais o tema e praticar a empatia:

Redoma de vidro

Provavelmente um dos livros mais impactantes da lista, esta é uma obra biográfica vestida de ficção. De autoria da poetisa Sylvia Plath, narra a vida de Esther Greenwood, uma jovem universitária com intensa vida social, que poderia ser considerada perfeita, e toda a jornada que a levou a uma internação em uma clínica psiquiátrica.

A obra é inspirada no verão de 1952, quando Plath tentou suicídio pela primeira vez. Em suas palavras é possível entender a depressão que assola sua personagem, e a dor que a doença trás. Diferente de sua protagonista, a autora se suicidou semanas após a publicação do livro.

Garota, Interrompida

Talvez você conheça mais essa obra por sua adaptação cinematográfica que rendeu à Angelina Jolie o Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante. Mas a história de Suzanne, que passa dois anos internada em um hospital psiquiátrico, se trata de um relato biográfico da autora de mesmo nome.

No livro, que se trata praticamente de um diário, ela conta sua experiência durante o tratamento, além da sua relação com outras jovens mulheres internadas no hospital. Um relato sincero que gerou um dos filmes mais aclamados da história.

Holocausto brasileiro

Apesar da evolução no tratamento das doenças mentais, o Brasil tem em sua história um rastro de crueldade e assassinatos de pessoas consideradas “loucas”. Neste livro reportagem, a jornalista investigativa, Daniela Arbex, traz um relato brutal de como funcionava o Hospital Colônia de Barbacena na década de 60, que gerou a morte de 60 mil pacientes.

No livro entendemos o quão arcaico era o tratamento de pessoas com transtorno mental nos antigos hospícios brasileiros, que também funcionavam como depósitos de pessoas à margem da sociedade ou não desejado pela família, como, por exemplo, mulheres estupradas e mães solteiras. 

Cartas a Théo

Quando se fala em Van Gogh, além de suas belas obras de artes, é possível que você pense no pintor “louco” que cortou a orelha. Anos após sua morte, o artista virou símbolo do transtorno bipolar, condição no qual acredita-se que ele sofria. E esta avaliação só foi possível graças às correspondência que ele mantinha com seu irmão, Théo.

Nas cartas é possível ver por dentro da mente do artista, todas as dores, dúvidas, e sentimentos, até o momento de seu suícidío, incluindo a crise que o leva a cortar a orelha.

Apanhador no campo de centeio

Esta é uma obra conhecida principalmente por ser apontada como a influência para Mark David Chapman, assassino de Jhon Lenon, apertar o gatilho. A tragédia fez com que a obra ganhasse destaque, e se tornasse um clássico de leitura obrigatória nos Estados Unidos.

E apesar de toda especulação em torno do livro, trata-se, na verdade, de uma obra sensível que nos transporta para a mente de Holden Caufield, um adolescente que é expulso de basicamente todas as escolas por onde passa.

Considerado um rebelde sem causa, a narração nos mostra que o protagonista é um jovem melancólico que sofre com a depressão, e com todas dúvidas perturbadoras de sua idade. Uma obra à frente do seu tempo, já que nos anos 40, quando o livro foi lançado, pouco se debatia sobre a saúde mental. Um clássico tão poderoso que permanece extremamente atual e poderia, tranquilamente, se passar em 2022.

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