O ser humano possui capacidade de estabelecer conexão com as diferentes normas, técnicas e estilos de vida que contribuem para elevar seu grau de comportamento e, ao mesmo tempo, revelar quem você é, ou seja, cada atitude sua é como uma espécie de identidade. Enfim, em todo esses estilos de vida e de costumes estão na maneira como cada um traz à tona sua marca a registrada de produzir textos.
No dia a dia encontramos diferentes gêneros textuais, nos quais lemos, decodificando e terminamos com um produto final de nossas pesquisas. Dentre esses estilos ou gêneros textuais está o Novo Jornalismo. O termo aparentemente novo já alcança algumas décadas desde seu aparecimento.
O Novo Jornalismo, ou Jornalismo Literário, tem como precursores os americanos Tom Wolfe e Truman Capote. Contrapondo-se ao jornalismo majoritário ou tradicional, no qual os fatos eram relatados sob uma perspectiva mais objetiva, a nova corrente segue um percurso em que as notícias são contadas na visão da literatura, quer dizer, o texto é discutido de maneira mais tradicional.
É nessa temática do Novo Jornalismo que veio à tona o livro Jornalismo Literário: uma leitura de Aracelli, meu amor à luz do Novo Jornalismo (São Luís: Sociograf Gráfica e Editora, 2020), do jornalista e escritor Gabriel Barros Neres. Nesse livro, o pesquisador discorre sobre um caso que chocou o Brasil na década de 1970: o assassinato da menina Aracelli, de apenas 8 anos de idade. O caso foi vertido em literatura pelo escritor e jornalista investigativo José Loureiro e teve grande repercussão desde que foi lançado.
Foi a partir da leitura do livro de Louzeiro que Gabriel Barros enveredou pelos caminhos da pesquisa em Jornalismo Literário, deixando claro em seu trabalho que realidade e ficção podem se misturar na escrita, o que exige muita atenção tanto por parte do escritor quanto por parte do leitor.
O livro de Gabriel Barros Neres tem como prefaciador o também escritor, professor e jornalista Marcos Fábio Belo Matos. Em cada capítulo, o autor discorre de modo técnico, Imparcial e questionador, juntando elementos da literatura e do jornalismo investigativo. Traz também conceitos essenciais acerca de diversos tópicos dessas duas áreas do conhecimento humano, além de fazer uma síntese da vida e da obra de José Louzeiro, um dos mais significativos escritores da literatura brasileira da segunda metade do século XX.
Gabriel Barros Neres é graduado em jornalismo, é cronista, revisor de texto e também autor de Bibal, o caracol amigo, livro de literatura infantil, lançado quando estava com apenas sete anos de idade. É também cronista colaborador do site Região Tocantina.
Por fim, o livro de Gabriel Neres é uma grandiosa fonte de pesquisa para quem deseja adentrar no campo da pesquisa literária, sem perder o foco nas relevantes questões jornalísticas.
Uma resposta
Que matéria incrível. Destaque para o Novo Jornalismo, com referência para o escritor Gabriel Barros Neres, autor de Bibal, o caracol amigo, lançado quando tinha 7 anos. Aplausos