(Elson Araújo – Jornalista, advogado, escritor e membro da Academia Imperatrizense de Letras)
…Segundos, minutos, horas. É o tempo em mutação. Diabo e santo.
O que é isso que tantas marcas deixam nas coisas, e nas vidas?
É o tempo!
Impiedoso, cruel, bom, mau. É simplesmente o tempo. Impiedoso, cruel, bom e mau. É o tempo, e nada mais.
E é assim, santo, às vezes diabo, o tempo está na linha paralela das nossas vidas. O danado sara, mas também provoca feridas. Dizem até que o tempo “é o senhor da razão”, crescemos ouvindo isso, não é mesmo? E assim, vamos aprendendo a esperar “dando um tempo ao tempo, ” e que alheio a tudo, segue seu curso, com a certeza de que cada segundo da vida nunca é mais, sempre é menos.
Diante do mais, ser sempre menos, às vezes bate uma angustia; aí vem a vontade de correr e atropelar tudo o que vem pela frente, o que faz surgir outra necessidade humana: a de aprender a domar, controlar o tempo, e usá-lo a nosso favor. Tarefa nada fácil!
Na verdade, ao se raciocinar sobre o elemento tempo chega-se à conclusão de que não existe essa dele passar rápido, como aprendemos desde cedo. Ora, o tempo segue no seu ritmo sem presa nenhuma, no seu curso natural. Nós, enquanto humanos, é que insistimos em lutar contra ele. Passar por cima dele deixando de respeitá-lo. É fato: o tempo merece respeito!
Uma certeza aparece cristalina na frente dos nossos olhos: o tempo segue forte deixando marcas, deixando lições, ensinando, como já observava o sábio Salomão lá no seu Eclesiastes, que debaixo do Céu há momento para tudo e tempo para cada coisa.
E como diz Caetano em sua “Oração ao tempo” o tempo é
…Compositor de destinos,
Tambor de todos os ritmos
Tempo, tempo,
tempo, tempo.
Entro num acordo contigo
Tempo, tempo, tempo, tempo