A maioria das pessoas tem o hábito de perguntar a idade uma da outra. A reação quanto à pergunta varia de pessoa a pessoa. Mulheres adultas odeiam este tipo de abordagem, que até já entrou para o rol das deselegâncias, para o rol do chamado politicamente incorreto.
Trata-se de uma inquirição que jamais deve ser feita a uma mulher. Experimente fazê-la e você correrá o risco de ganhar uma inimiga para o resto da vida!
Os homens, exceto aqueles extremamente vaidosos, costumam não ter muito problema com a pergunta. Tem uns que até gostam, principalmente quando aparentam, a melhor, não ter a idade constante na certidão de nascimento. Uma prova inconteste da vaidade inata de cada um. Nesse quesito, uma verdade: uns mais outros menos, todos os seres humanos são vaidosos.
Quem não gosta de ouvir expressões, mesmo sendo por puro protocolo social, do tipo: nossa, você não aparenta ter a idade que tem. É muito jovem!
Para essas pessoas, mesmo sabendo que o interlocutor mente socialmente, é revigorante ouvir coisas do tipo: “é seu irmão, ou sua irmã, esta pessoa aí do seu lado?” “Olha só, nem parece que são pai (mãe) e filho (filha)!”
Qualquer um (a) depois que entra nos “entas” faz cara de gozo quando passa por um rito social como esse.
Particularmente, desde que entrei na fila dos “entas”, nunca me incomodei quando alguém pergunta minha idade, mas ao raciocinar sobre o assunto gerei uma resposta pronta para, quando for necessário, mostrar a “desimportância” que isso tem. Até porque a resposta é relativa, uma vez que ninguém no mundo tem a idade que aparenta. Parece confuso, mas não é.
Da próxima vez que alguém me perguntar: “que idade tens?” Se tiver com um pouco de paciência, vou responder mais ou menos assim:
– Tenho a idade do Planeta Terra, pois dele descendo e dele, tenho em mim, um pouco do seu todo. Temos “poucos mútuos”, fragmentos de cada um.
Ou então posso sair com essa:
– Tenho ainda outras idades com as quais posso me entender e compreender-me a vontade, sem problema nenhum.
– Tenho a cronológica, que mede a trajetória terrena, a partir da minha chegada com vida, por aqui. Essa é bem legal porque a gente faz festas, recebe mensagens presenciais e pelas redes sociais; tem ainda os presentes, os abraços, as missas, cultos de louvor, e quando possível a gente até viaja.
Sobre as outras idades, posso invocar ainda a idade mental. Tem muita gente cronologicamente jovem com a idade mental mais do que envelhecida, e muitos cronologicamente idosos com a mente extremamente jovem. Viu agora o porquê de ninguém nunca ter a idade que tem?
Está claro que, além da gente não ter apenas uma idade, ainda temos a prerrogativa de escolher a idade que queremos ter. Atualmente qual é a sua?
Ainda sobre a idade cronológica, minha amiga e colega de trabalho Zilda Reis, que neste três de julho completa mais um ano, gosta muito de celebrá-la. O hábito vem lá da infância. Quando chega o mês dela é uma empolgação só. O interessante é que ela não comemora apenas o dia três, mas o mês inteiro. Logo, todo até o dia 31 ela estará celebrando a vida. É um ou mais parabéns por dia. Não sei, nem tenho a coragem de perguntar a idade dela, mas a cada aniversário ela fica mais jovem.