Ano passado fiz alguns stories no meu perfil no Instagram (@jjoamarcos) falando sobre a minha experiência com o filme Cinderela (1950) da Disney e expliquei que este filme foi que me fez amar histórias infantis, principalmente contos de fadas. Pensei que isso ia passar com o tempo, mas só de fortaleceu: hoje sou escritor de fantasia. Por isso, se você ainda acha que filmes e livros infantis são somente para crianças, venho neste momento não é. Existem atravessamentos que só nós, ditos adultos, conseguimos captar.

Quando crianças, erámos seres com uma imaginação aguçada. Era difícil distinguir a ficção da realidade, mas achávamos um máximo! Em histórias infantis somos levados a esse lugar que antes nos era comum, por isso existe um sentimento nostálgico quando revemos um filme da infância ou relemos um livro. A fantasia é a regra.

Outro fato são as mensagens implícitas na narrativa. Já perdi a conta de quantos livros infantis eu li que falaram comigo de forma profunda e cirúrgica. Um exemplo são os livros de C.S.Lewis, “As Crônicas de Nárnia“. Existem trechos nesse livro que uma criança não entenderia, mas que fala diretamente com o público adulto. São mensagens sobre amadurecimentoe humildade que faz a gente ficar horas pensando.

E além de nos entreter, se transforma em uma fonte de inspiração. Eu sou apaixonado por contos de fadas e folclore. Grandes filmes e livros partiram de pequenas histórias como essas que a gente cresceu ouvindo. Os contos são uma imensa fonte de inspiração. Eu já escrevi muitas histórias inspiradas nos livros dos Irmãos Grimm e em coletâneas de folclore brasileiro. Essas narrativas nos pertencem e representam nuances das nossas vidas que a gente às vezes nem percebe.

Mas para que sejamos adultos criativos, um esforço precisa ser feito na infância. Isso não é regra, claro, mas pode encurtar caminhos. Por isso, leia para uma criança. Estimule a imaginação dela com filmes, desenhos animados e brincadeiras saudáveis. Deixe ela imaginar! O mundo já é duro demais para todos nós, não acha?