sexta-feira, 22 de março de 2024

O pobre de volta ao seu lugar… de desigualdade

Publicado em 7 de março de 2021, às 9:02
Imagem: Freepik

Assusta ir ao supermercado, ao posto de gasolina, à distribuidora de gás. Vivemos com medo. Dos preços, da fome, da morte. Somado ao coronavírus, e o impacto da pandemia, vemos o pobre de volta ao seu lugar, o da desigualdade. Uma realidade dos anos 70, 80 e 90 que volta a nos atingir: o monstro da inflação está à solta.

Somente em dois meses de 2021, a Petrobras já aumentou o preço da gasolina quatro vezes, uma alta nunca antes vista. De 2020 para cá, o valor do combustível quase dobrou nos postos de gasolina.

Junto com esse impacto no bolso do brasileiro, ainda temos uma alta considerável no gás de cozinha, que, com um reajuste de quase 16% desde o ínicio do ano, fez com que o botijão passasse dos R$100 em alguns pontos de venda do país, reforçando ainda mais o desfalque na mesa dos brasileiros, que também já sofrem com o preço ainda mais alto da cesta básica, que chega a quase R$700.

Uma conta que não fecha com o salário mínimo, que teve um dos menores aumentos nos últimos anos e hoje soma meros R$1.100. Um valor bem longe do ideal, segundo pesquisa do Dieese, que afirma que, para sobreviver com o básico no país, o pagamento ideal deveria ser de R$4.000, quase o quádruplo de hoje.

Consciente destes números, com o recorde de desempregados no Brasil (14 milhões); e o fim do auxílio emergencial, que mal soma metade do salário mínimo; não precisa ser matemático ou economista para concluir que a fome e o desespero já fazem parte do dia a dia de milhares de brasileiros.

Os luxos que experimentamos anos atrás, o de enchermos o carrinho de supermercado, de comprar o primeiro carro, de lotar aeroportos e experimentar os voos de avião, de passar férias com a família em uma cidade desconhecida, já são lembranças distantes de uma população que hoje tem como luxo encher o tanque de gasolina e fazer três refeições por dia.

E que, ainda por cima, se vê lotando filas do SUS em busca de vagas nos hospitais abarrotados de vítimas da Covid-19, e sem previsão de imunização. Falta vacina, falta comida e ar. Falta vida.

Uma resposta

  1. Cara Hyana, parabéns pelo texto. Você retratou com muita propriedade de informações a realidade de muitos brasileiros e brasileiras no nosso país hoje. Um cenário lamentável.

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