DE TÉCNICO EM ENFERMAGEM AO JORNALISMO.
Quando eu era criança, ia ao pediatra com mamãe e amava tudo o que ele fazia. Ao chegar em casa, eu brincava com meus primos onde o médico era eu e vestia sempre os blusões do meu saudoso avô para fingir ser jaleco de doutor. Queria ser médico ao crescer e isso eu dizia para todo mundo. Com o passar dos anos, durante a minha pré-adolescência, as coisas foram mudando e surgiu um novo amor: o mundo da televisão.
Queria agora ser apresentador de TV, igualzinho ao Silvio Santos, sabe? Cresci assistindo todo domingo o SBT na casa de vovó e até hoje tenho Silvio como um exemplo. A partir de então, comecei a brincar de apresentador, sozinho mesmo dentro do quarto onde os ursinhos de pelúcia e bonecas de minha irmã eram o auditório. Montava cenários com recortes de revistas e o microfone era o desodorante. A brincadeira sempre acontecia na casa de minha avó, pois lá era bem maior do que minha casa.
Porém, o sonho da TV foi ficando de lado aos poucos, à medida que fui ficando jovem… me diziam que seria muito difícil eu chegar a trabalhar na televisão. Engavetei essa vontade e desarquivei aquele velho sonho de criança que era ser médico (pediatra). Me senti perdido pois, como fazer medicina, se tudo era tão caro e na faculdade pública são sempre poucas vagas? Por causa disso, busquei algo mais próximo, cursei o ensino médio profissionalizante Técnico em Enfermagem e, assim, além de garantir uma profissão, fui me apaixonando a cada dia pela arte de cuidar.
Hoje, com meu próprio emprego, dinheiro e com a ajuda da minha terapeuta, resolvi tirar da gaveta aquele sonho antigo de algum dia trabalhar na TV. Por que não? Estamos em 2021 e as chances são muito maiores atualmente, em virtude da era digital. Amo as câmeras, amo falar, amo me comunicar, amo informar… enfim, não existe outra definição: é amor! Por isso, resolvi entrar de cabeça na faculdade de jornalismo. Muitos acham estranho, afinal, depois de tanto tempo trabalhando na área da saúde, escolher uma graduação de área tão oposta é loucura.
Mas é amor, gente! É paixão! Na graduação, acabei por conhecer tantas outras atuações bacanas além da TV: o rádio, jornal impresso, assessoria de imprensa… O importante é transmitir a informação. Acabei por gostar e me acostumar com a enfermagem, mas amo e tenho loucura mesmo é pela comunicação, pelo jornalismo. E, assim, continuo acreditando. Afinal, ainda terei sim, meu sonhado programa de auditório.