Fonte: Uemasul
82 projetos de pesquisa encontram-se em desenvolvimento, contemplando todas as áreas de conhecimento científico, nos Centros de Ciências da universidade.
A produção do conhecimento e o fomento à ciência fazem parte do dia a dia da Universidade Estadual da Região Tocantina do Maranhão (UEMASUL). Para garantir a promoção da inovação, da tecnologia e da ciência, atualmente, a UEMASUL conta com quatro programas de iniciação científica: Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC), Mais IDH, Programa de Bolsas de Apoio Técnico Institucional (BATI) e o Programa Institucional de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (PIDTI), que promovem suporte técnico à execução de atividades de pesquisa de caráter científico, tecnológico ou de inovação, em projetos de pesquisa aprovados e financiados por agências de fomento, como a Fundação de Amparo à Pesquisa e Desenvolvimento Científico do Maranhão (FAPEMA) e Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
Em 2019, a universidade ofertou 36 projetos de extensão, 18 projetos de pesquisa com fomento por meio da UEMASUL, FAPEMA, CNPq e captação privada e 107 projetos com bolsas envolvendo 375 discentes totalizando 107 projetos com um investimento de fomento de R$ 1.914.543,43.
Hoje, 82 projetos de pesquisa encontram-se em desenvolvimento, contemplando todas as áreas de conhecimento científico, nos Centros de Ciências da universidade, e 16 grupos de pesquisa certificados estão ativos, cadastrados no Diretório de Grupos de Pesquisa do CNPq.
Entre os projetos estão: Linha de Estudos em Epidemiologia e Saúde Pública, Estudos de utilização e controle de qualidade de plantas medicinais e medicamentos fitoterápicos, Análise de poluentes orgânicos e inorgânicos em ambientes aquáticos e terrestres, Biologia molecular de microrganismos, Controle Biológico de doenças de plantas e indução de resistência a fitopatógenos, Cidadania, gênero e identidades, Letramento, Linguagem e práticas escolares, Controle dos parâmetros químicos e físico-químicos de amostras ambientais, águas, alimentos e solos e outros.
A produção científica é realizada a partir da interação entre a comunidade acadêmica. Gildean Macedo do Nascimento, acadêmico do 7º período do curso de Ciências Biológicas, é um dos bolsistas de Iniciação Científica da Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão (FAPEMA). Sob a orientação da profa. Dra. Ivaneide de Oliveira Nascimento, Gildean estuda fungos micorrízicos: “Caracterização Morfológica e Molecular de Fungos Micorrízicos Arbusculares nativos de pastagens do Cerrado Maranhense nos municípios de Porto Franco e Estreito”.
O acadêmico falou um pouco sobre a importância da pesquisa que realiza. “Estudar os fungos micorrízicos arbusculares é imprescindível, porque são organismos que tem um papel ecológico importante nos ambientes, além de serem economicamente importantes no cultivo de espécies de interesse econômico e estão presentes de forma abundante no solo. Realizar a identificação desses fungos, além de desvendar a diversidade deles no Maranhão, principalmente, no bioma Cerrado, pode contribuir até mesmo com a inferência de possíveis novas espécies para a ciência, além de ofertar subsídios à realização de outros trabalhos que visem a aplicação de espécies de fungos micorrízicos no cultivo de algumas plantações importantes economicamente e, até mesmo, estudos sobre a restauração de ambientes degradados”.
Gildean diz ser fundamental o incentivo da bolsa para o seu projeto de pesquisa. “Desenvolver um projeto de iniciação científica é muito significante e motivador, pois, além de estar inserido no meio científico, ainda recebo o incentivo financeiro que me possibilita a manutenção básica de despesas enquanto desenvolvo o projeto, e sem a bolsa, eu teria muitas limitações”.
A Pró-Reitora de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação da UEMASUL, professora Dr.ª Maria Da Guia Taveiro Silva, consolida a cultura de pesquisa no âmbito da instituição e o incremento quantitativo e qualitativo da produção científica institucional, fomentando o intercâmbio e fortalecendo os grupos de pesquisa existentes.
“A pesquisa na UEMASUL é uma realidade. Além de novos conhecimentos e novas descobertas, temos um número significativo de alunos e professores envolvidos, fortalecendo o tripé da universidade. No âmbito da pesquisa e inovação a UEMASUL está concorrendo a bolsas, o que demonstra que estamos em pleno vapor. O objetivo é fortalecer a pesquisa na região que a UEMASUL atua”, afirma.
Mesmo com os esforços dos pesquisadores e das universidades, a ciência no Brasil sofreu com os cortes dos incentivos financeiros e falta de políticas públicas e institucionais de fomento do Governo Federal, para que as pesquisas tenham continuidade.
Na contramão dos cortes de incentivos federais, que impactam a produção científica brasileira, o Governo do Maranhão, por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Tecnológico do Maranhão (FAPEMA) fomenta o desenvolvimento científico, tecnológico e de inovação, apoiando projetos de pesquisa em Instituições de Ensino Superior (IES), centros tecnológicos e de pesquisa no Estado.
A Ciência no cenário Nacional
De acordo com relatório produzido pela Clarivate Analytics, divulgado em 2019, mais de 60% do conhecimento científico do país é produzido nas Universidades Públicas. O levantamento foi feito a pedido da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), do Ministério da Educação (MEC).
Em tempos de pandemia, mais do que nunca, se fortalece a importância das pesquisas científicas na luta para se chegar a uma vacina eficaz contra a Covid – 19. “A ciência que irá nos salvar”, é uma afirmação dita por especialistas e que já virou senso comum, até por quem não entende muito bem sobre o assunto.
Segundo a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), no último mês de maio, 823 pesquisas estavam em andamento nas universidades públicas para mapear o novo coronavírus e, busca de uma vacina contra a Covid-19.