O dia 08 de março de 2024 já se despediu velozmente de todos nós, segundo os ponteiros do meu relógio. No entanto, gostaria de deixar um afetuoso abraço a todas as colegas da Medicina local, de diferentes outras profissões, com atuação em Imperatriz, diversas amigas espalhadas pelo nosso Planeta, incluindo-se a mulher indígena, negra, lésbica, prostituta, deficiente física e mental e, principalmente, a mulher vítima de estupro e de toxicomania.
Essa maravilhosa data alusiva à mulher, em nível internacional, lembra, infelizmente, a morte de 125 mulheres e 21 homens em Nova York, por se rebelarem contra exploração no âmbito da relação de trabalho e a violação de outros direitos humanos, inclusive, o da liberdade feminina[i].
No último dia 07/03/2024, fiquei a ouvir o fantástico discurso de Joe Biden, no qual ele dera ênfase maior ao combate às desigualdades econômicas, sociais e sexuais, aos direitos da mulher sobre todos os aspectos da vida quotidiana, dentre outros temas relacionados às camadas sociais menos favorecidas.
Lamentavelmente, ainda hoje em nosso país, o feminicídio campeia de norte a sul do Brasil, sendo que as estatísticas são, de fato, preocupantes, segundo os órgãos ligados à defesa da mulher. Muito em função da irresponsável política armamentista dos últimos anos, o número de mulheres mortas por armas de fogo cresceu absurdamente[ii]. Tais relatos sobre a violência contra a mulher levam-me à total convicção de que o mundo nunca será 100% saudável enquanto a mulher não tiver o mesmo prestígio social que a Sociedade Humana confere aos homens!
Acredito piamente que, se a obra-prima de Simone de Beauvoir – O SEGUNDO SEXO – fosse adotada, pelo menos, nas universidades no mundo inteiro, a história da mulher já teria sido completamente modificada, diante do nível de consciência feminina acerca dos seus verdadeiros direitos dentro de nossa sociedade, manifestados no referido livro[iii].
O meu sincero abraço às mulheres desse maravilhoso grupo de profissionais da Medicina Humana e, também, às milhares de mulheres que habitam o nosso planeta! Especialmente àquelas que vivem encobertas da cabeça aos pés, por imposição de certos fundamentalismos religiosos.
Finalmente, quero agradecer a Deus, por me presentear com as iluminadas mulheres de minha vida: minha querida mãe-Orfisa, minha querida esposa, Maria Fernandes, minha querida filha-Paula Tarsiana, minha netinha- Maria Elis, minha querida nora Sara Guerra, minhas queridas: Ana Maria, Donina e D. Coló e minhas irmãs Lidimar (in memoriam), Eusamar e Hildemar.
[i] Ainda que não tenha sido originada do trágico incêndio na fábrica, a data tornou-se mundialmente conhecida a partir do choque causado por esse evento – Fonte: https://www.brasildefato.com.br/2022/03/07/fatos-e-mitos-do-8-de-marco-qual-a-origem-da-data-que-celebra-a-luta-das-mulheres
[ii] Fonte: https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2024/03/07/levantamento-mostra-o-papel-das-armas-de-fogo-na-violencia-contra-a-mulher.ghtml
[iii] Fonte: https://gauchazh.clicrbs.com.br/cultura-e-lazer/livros/noticia/2019/06/marco-do-feminismo-o-segundo-sexo-de-simone-de-beauvoir-completa-sete-decadas-cjx9g784a01zu01o9jff0akxz.html
2 respostas
Belo texto. A gente precisa, enquanto homem, atuar contra a desigualdade de gênero. Uma marca indigna do capitalismo e de nossa sociedade.
Parabéns ao imortal pelo brilhante texto
Um texto cheio de referências históricas e repleto de sensibilidade para tratar um assunto tão importante! Muito obrigada amado papito, o senhor não pode mensurar o tamanho do orgulho e felicidade que sinto em ser sua filha!