segunda-feira, 7 de outubro de 2024

PROJETO MURAL DAS MINAS CHEGA À 31ª PÁGINA

Publicado em 1 de janeiro de 2023, às 11:39
Fonte: Da Redação
A escritora Adriana Moulin abriu a série de perfis do projeto Mural das Minas. Imagem: PDF do jornal O Progresso.

Em fins de 2021, o jornalista e professor da UFMA, do Campus de Imperatriz, Marcos Fábio Belo Matos, fez o primeiro anúncio do projeto “Mural das Minas”. A chamada saiu na página da Academia Imperatrizense de Letras, no jornal O Progresso, que ele edita, e dizia o seguinte: “projeto ‘mural das minas’: CHAMADO ÀS ESCRITORAS DO MARANHÃO: Colega escritora: Estamos iniciando uma nova série na página da Academia Imperatrizense de Letras (AIL) no jornal “O Progresso”, de Imperatriz. Ela vai se chamar Mural das Minas e a intenção é dar visibilidade a mulheres escritoras. Queremos publicar, de 15 em 15 dias, um perfil de escritoras maranhenses. Desde aquelas já famosas, reconhecidas por seu trabalho, àquelas ainda desconhecidas ou que estão começando. Pretendemos fazer umas 40-50 páginas. O mesmo material também será publicado no site Região Tocantina. Assim fazendo, cremos que estamos ajudando a dar mais espaço à literatura feminina. Caso você, escritora, se interesse, por favor, envie para este e-mail aqui o material: [email protected] O material para enviar é: 01 foto (a sua escolha); 01 minicurrículo, de 10 a 15 linhas; o texto literário: se for crônica, duas ou três crônicas; se for conto, dois a três contos; se for poema, cinco a sete poemas, para fazermos a seleção. Aguardamos seu texto. E vamos fazer uma bela série!”.

Era o pontapé inicial do projeto Mural das Minas, uma iniciativa literária, feita numa parceria entre a Academia Imperatrizense de Letras (AIL) e o site Região Tocantina e que tinha como meta publicar 50 páginas e, com isso, construir um painel de escritoras maranhenses contemporâneas. “Nosso objetivo, quando imaginamos este projeto, era que, ao final dele, tivéssemos um grande mural feito da melhor literatura maranhense e feminina dos tempos atuais e, de quebra, dar visibilidade a escritoras de todo o estado, de todas as regiões do Maranhão”, explica o idealizador.

As escritoras atenderam ao convite, enviaram por e-mail seus trabalhos e, por uma questão de cronograma e organização, as páginas foram divididas em ordem alfabética, em duas etapas: as primeiras 25 páginas foram de A a W e uma “segunda temporada” reiniciou a ordem alfabética. A internet foi fundamental para que escritoras de diversas partes do estado e até do país tomassem conhecimento do projeto e aderissem a ele.

GALERIA – O projeto publicou sua primeira página em fevereiro de 2022, com o perfil literário da escritora Adriana Moulin. Depois vieram, na sequência, as escritoras: Anna Liz, Aline Piauilino, Conceição Formiga, Cristina Galletti, Cristiane Magalhães, Dilercy Adler, Diva Lopes, Elany Morais, Eliane Morais, Eró Cunha, Graça Barros, Heloísa Sousa, Liratelma Cerqueira, Luana Gonçalves, Luiza Cantanhede, Maira Soares, Márcia Reis, Natércia Garrido, Regilane Macedo, Rilnete Melo, Samara Volponi, Sharlene Serra, Tereza Bom-Fim, Wanda Cunha, Andressa Picoli, Arlene Azevedo, Betânia Pereira, Dorlene Macedo, Edna Ventura e Elisa Lago. Todos os perfis literários estão publicados na página da AIL no jornal O Progresso, que pode ser acessado no site do jornal em PDF e também no site Região Tocantina, na aba “Mural das Minas”, que você pode ler aqui: https://regiaotocantina.com.br/arquivos/cultura/mural-das-minas/

A publicação simultânea foi o resultado da parceria com a Academia e o Site. “Queríamos, desde o início, que o projeto tivesse a mais ampla circulação. Tanto que acertamos com a AIL que o conteúdo do Mural iria ser publicado na página que a Academia mantém no jornal O Progresso e, logo em seguida, iria para o site e também para as redes sociais do Região Tocantina, que eu edito. Hoje, publicamos a página e divulgamos na página Região Tocantina, no Facebook e no Twitter na conta de mesmo nome”, afirma Marcos Fábio.

REPRESENTATIVIDADE – nestas 31 páginas, é possível perceber a representatividade, tanto geográfica quanto geracional, das escritoras que participam do projeto. Do interior do estado, já foram publicadas: Adriana Moulin, Andressa Picoli, Cristina Galletti, Cristiane Magalhães, Conceição Formiga, Liratelma Cerqueira, Diva Lopes, Eró Cunha, Luana Gonçalves, Maira Soares, Tereza Bom-fim, Arlene Azevedo e Edna Ventura, de Imperatriz; Aline Piauilino, de Bacabal; Anna Liz Ribeiro, de Santa Luzia; Elany Morais e Heloísa Sousa e Márcia Reis, de Caxias; Luiza Cantanhede, de Santa Inês; Regilane Macedo, de Esperantinópolis; Rilnete Melo, de Pindaré Mirim; Samara Volponi, de Arari; Betânia Pereira, de Buriti Bravo; Elisa Lago, de Pedreiras. Entre os perfis, se mesclam escritoras com bastante estrada literária, como Anna Liz, Adriana Moulin e Wanda Cunha, e iniciantes sem publicação em livro, como Maira Soares. “Era exatamente este o objetivo primeiro do nosso projeto: poder divulgar mulheres maranhenses que se dedicam à literatura, não importando se já tinham obras e prêmios literários ou se estavam no início de carreira. Fizemos um convite bastante aberto e acolhemos todas as 50 escritoras que atenderam a ele. No final, teremos um bom mapeamento da produção literária maranhense, da capital e interior, feita no início do século XXI. Espero que, no futuro, os amantes da literatura e estudiosos do tema se dediquem a ela”, finalizou Marcos Fábio.

Maira Soares é uma das jovens escritoras publicadas pelo projeto.

LIVRO – O idealizador explica que o passo seguinte à publicação das páginas será a produção de uma antologia. “Queremos, assim que a 50ª página for publicada, iniciar a produção de uma antologia. Para isso, já convidamos o professor e escritor, José Neres, um amigo de 30 anos, membro da Academia Maranhense de Letras, para nos ajudar com esta produção. Acho que ninguém melhor do que ele, que conhece literatura maranhense a fundo, para apresentar esta obra. E estamos em contato com algumas editoras para fazer orçamento. Pretendemos deixar esta iniciativa imortalizada num belo livro, a ser lançado no segundo semestre de 2023”, explicou Marcos Fábio.

REPERCUSSÃO – Desde o início do projeto, ele vem recebendo diversos elogios. A professora do Ifma Codó e escritora Floriza Gomide afirma: “Costumo sempre falar que o movimento nos define. Nos movemos ao longo da nossa existência para aprender e expressar aprendizado, tal qual um curso de água que, nascido de uma fonte específica, se vai acrescentando de outros regatos para desaguar prenhe em grandes lagos ou mares. O projeto Mural das Minas representa esse movimento histórico e poético de mulheres de muitas fontes distintas que expressam, pela palavra, seus saberes, projetos, trajetórias e memórias compostas por múltiplas relações e experiências literárias e de vida. Mural das Minas é, portanto, resistência e evolução; ciência e paixão; poesia e saber; feminino e ocupação; história e vida”.

A escritora e professora da Ufma, Tereza Bom-Fim opina que “O projeto MURAL DAS MINAS, é uma proposição inovadora e perspicaz, que tem como propósito elevar a voz de mulheres maranhenses escritoras. Encantada estou por conhecer “tantas Minas” talentosas em nosso Maranhão e, mais ainda, honrada em participar”.

A autora Regilane Maceno exalta a força da representatividade do projeto: “O Projeto Mural das Minas é uma iniciativa fantástica, pelo incentivo às produções das mulheres maranhenses, pelo reconhecimento dos talentos que, historicamente, estão escondidos entre as obrigações com panelas e croches.  Fazer parte desse projeto foi uma honra enorme e uma alegria maior ainda”.

O projeto publica escritoras iniciantes e já com obra consolidada, como Anna Liz Ribeiro.

A médica e poeta Adriana Moulin, que abriu a série de perfis literários do Mural das Minas, enfatizou em seu depoimento: “Há projetos e projetos… como tudo no mundo. E alguns são geniais. Penso que o MURAL DAS MINAS, além de ser um projeto lindo, é repleto de generosidade; que valoriza a mulher escritora, inclusive as que nunca haviam publicado seus textos. Fiquei entusiasmada desde o início e sinto-me também homenageada a cada publicação de minhas colegas escritoras. Nem preciso falar do meu contentamento ao ver os escritos de minha filha (Andressa) em suas páginas! Fiquei imensamente feliz com a oportunidade de participarmos juntas (mãe e filha) de um mesmo projeto. Obrigada, mais uma vez, pelo convite e por fazer parte – de alguma forma – de sua vida.Estamos juntos na amizade e na literatura!”

Para Rilnete Melo, professora e escritora de Pindaré-Mirim, “Participar do projeto Mural das minas para mim foi um vôo de visibilidade, tive um  feedback enriquecedor, pois o projeto  é uma porta aberta para o reconhecimento das vozes femininas maranhenses. A cada edição do projeto aparece uma produção literária marcada pelo rigor poético de mulheres que estendem a voz, num convite ao inesperado ou talvez até desconhecido talento. Esse abraço coletivo do Mural das Minas proporcionou estímulo e  afeto literário, não apenas a nós escritoras, mas ao leitor que  se debruçou sobre  os textos mágicos,  necessários e construtivos , nesse tempo em que andamos necessitados da palavra”.

A escritora Heloísa Sousa expressou assim sua sensação de estar no projeto: “Fiquei e estou encantada com a iniciativa. Muito agradecida por fazer parte deste importante projeto. Acredito que será de grande importância para o estudo futuro da vida literária feminina deste período da história. Nem sempre, ou quase nunca tivemos espaço para nos expressar, na maioria das vezes fomos esquecidas ou caladas. É lógico que iniciativas como estas nos dão a certeza que aquela triste página, a do esquecimento, foi rasgada para sempre”.

Elisa Lago, cantora e poeta, exalta o Mural das Minas: “O projeto Mural das Minas, iniciativa do acadêmico Marcos Fábio, objetiva dar visibilidade à obra de mulheres escritoras do nosso Maranhão. Marcos Fábio, com sua sensibilidade acurada tem identificado em cada uma dessas mulheres, o amor às letras; bem assim, ousadia e resistência inspiradora de cada uma, na trilhar da  literatura, até pouco tempo, campo bem mais acessível  ao universo masculino. Louvável e arrojado projeto. Parabéns, Marcos Fábio, nós mulheres só temos a agradecer pelo espaço e oportunidade de mostrar nossa cara!”

E Luana Gonçalves, professora e jovem escritora, define assim sua participação no projeto: “O projeto “Mural das Minas” tem sido uma experiência incrível e uma oportunidade importante para escritoras que têm pouca ou não têm nenhuma visibilidade, que ele seja revelador de talentos escondidos e que merecem reconhecimento. Parabenizo os organizadores do projeto. Me sinto honrada em fazer parte desse belo trabalho”.

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