terça-feira, 15 de outubro de 2024

Mural das Minas #017: MAIRA SOARES: LITERATURA COMO PERCURSO DE VIDA

Publicado em 10 de setembro de 2022, às 9:52
Imagem cedida pela autora.

Maira Soares, atualmente, é graduanda em Comunicação Social, com Habilitação em Jornalismo, pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA), campus de Imperatriz. No entanto, já se aventurou pela área da saúde em um curso técnico de Enfermagem e tenta todos os dias descobrir um pouco de si.
Muito fã de Agatha Christie, adora mergulhar nas páginas de uma história que envolve mistério, suspense e o comportamento humano. Por isso, Hercule Poirot e Sherlock Holmes sempre serão seus personagens literários favoritos.
Ama ler qualquer gênero literário, sendo importante apenas navegar por bons enredos e se apaixonar por personagens cativantes.
Ainda não tem nenhum livro lançado, mas pretende viver da escrita pelo resto dos seus dias.

FASES DA VIDA

Revisitando páginas da vida
Percebo que o passado atrai mais pessoas
Deve ser porque seguir em frente é difícil
Ou já estamos perdidos

Queria sair das velhas fotografias de anos dourados
Mas não encontro paz nos destaques que não vejo

Queria sair do preto e branco da tinta
Conhecer em colorido os lugares
No entanto, nada me deixa

Tudo é passado
Tudo é presente
Mas nada é futuro

DA VOZ

O infinito me atrai
Mas também me repele

Do que adianta gostar de alguém aqui e acolá
E não dividir a vida toda

Os desejos me matam aos poucos
E os medos me retraem

Os sonhos nos movem feito loucos
E a realidade nos deixa mal

Como eu queria que o infinito fosse finito
Mas sem o incerto na sua composição

LINHAS DA VIDA

As linhas escritas são pequenas
Para o tamanho do meu sentimento
Elas não cabem os ‘as’ ou os poemas
Que dedico para alguém

Mas elas também são ouvintes
Que sabem o quanto amo você
Que pena que não dizem o que ouviste
Com medo de te perder

ÉRAMOS ALGO

Éramos cores infinitas rodeando o universo
Éramos riso sem pressa
Éramos calor e verão
Éramos brincadeiras com diversão
Enfim
Éramos tudo e mais um pouco, porém resolveu partir
Me despedaçou
Me humilhou
Me deixou
Agora ando entre chuvas tristes e insípidas
Vejo caos e escuridão
Solidão

PESOS

Ela era uma menina calma
Engraçada e tímida
Era uma garota que obedecia regras
Toda certinha
Era aquela que todos esperavam algo
Aquela que depositavam tudo
Parecia um cesto de roupas sujas
O peso dos outros a sufocava
Entortava as suas costas
Mas ninguém ligava
Ela ainda aguentava
Então depositavam mais e mais
Até que um dia aquela menininha deixou de lançar suas lágrimas peroladas
De desperdiçar palavras
De se contentar com nada
Ela se tornou fria
Egoísta e sozinha
Era melhor suportar o seu próprio peso do que suportar gente que não valia.

2 respostas

  1. Quem se deixa guiar pela literatura pode até demorar a chegar onde deseja, mas nunca se arrependerá dos percursos que fez. Muito bom! Coisa boa – e inspiradora – é ver jovens escrevendo. Adiante!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Publicidade

Sites relevantes para pesquisa

Nós, do site Região Tocantina, queremos desejar, a todos os nossos leitoras e nossas leitoras, um FELIZ NATAL, repleto de fé, alegria, paz, saúde e felicidade.

E que as comemorações possam realçar nossos melhores e duradouros sentimentos.

FELIZ NATAL!

Publicidade