Você que é mulher e que por vezes não se acha capaz de alcançar seus sonhos, por não acreditar em você mesma, segue aqui um grande exemplo, de que com certeza servirá de incentivo para que possam observar que os limites são impostos pelas próprias mulheres. Estamos falando de Anna Liz Ribeiro, que foi premiada no Concurso Internacional de Literatura em 2021, promovido pela União Brasileira de Escritores – UBE no Rio de Janeiro. A primeira solenidade de premiação aconteceu dia 09 de dezembro e teve formato on line, enquanto não é possível haver uma cerimônia presencial.
A presidente da Associação de Jornalistas e Escritoras Brasileiras, coordenadoria Maranhão/AJEB (seccional Maranhão) Anna Liz, ficou em terceiro lugar no Prêmio Alejandro Cabassa, na categoria crônica, com o livro “Ella – repertório do cotidiano”. O Prêmio é considerado um dos mais importantes do segmento no Brasil. No Maranhão, já foram premiados nesse concurso, escritores como Ferreira Gullar, Nauro Machado, Salgado Maranhão, Paulo Rodrigues, Luiza Cantanhêde.
A obra Ella – repertório do cotidiano é um livro de crônicas curtas sobre o universo da mulher, sobre as estradas, igarapés e rios de Santa Luzia, (cidade natal da autora). Histórias por às vezes engraçadas, outras reflexivas. Contém também textos leves e agradáveis mas também fala de dores e superações. Segundo a poeta Luiza Cantanhêde, “Anna explora o universo feminino, sendo ela protagonista de sua história ou dando voz a outras mulheres”.
Anna Liz como foi dito, é de Santa Luzia, Maranhão, é poeta, cronista e professora, já participou de quase 100 antologias lançadas no Brasil e em diversos outros países, além de já ter publicado oito livros solo. Organizou duas antologias com obras de 25 escritoras maranhenses. Ao longo de sua trajetória recebeu vários prêmios de Literatura de entidades relevantes no campo literário no Brasil e em outros países.
A autora conta teve grande influência da avó materna, Dona Neném, como ela mesma conta “minha infância foi embalada por músicas folclóricas, brincadeiras na rua, como roda, cair no poço, dizer quadrinhas, convivência com outras crianças e principalmente com a minha avó materna, dona Neném, que me contava histórias, que me faziam tremer e emocionar”.
De uma vida simples, mas com muita cultura, a poeta nunca sentiu vergonha de suas raízes, pelo contrário, só contribuiu para seu crescimento intelectual, como ela mesma conta em tom saudosista, “a noite, depois do jantar, nós nos sentávamos na calçada para eu ler o cordel. Minha avó era analfabeta, mas foi ela que despertou em mim o prazer e a descoberta da leitura. Eu era pobre, a casa da minha avó era rica, não havia muitos livros, mas havia muita prosa e poesia”.
Ter uma mulher com seu trabalho sendo reconhecido não só no seu país, mas agora no mundo, é um mérito muito grande. Em um país em que, o que se houve na grande maioria, é a voz masculina sendo ecoada aos quatro ventos, quando uma mulher se sobressai, é de grande relevância.
Então, deixando aqui a mensagem de que, só nós mesmos podemos dar asas aos nossos sonhos e que eles sejam ilimitados.