Contar dois séculos de história da imprensa maranhense é uma missão ambiciosa que surgiu como um tributo ao primeiro jornal fundado na cidade de São Luís – O Conciliador do Maranhão. À frente dessa empreitada, a Universidade Federal do Maranhão, com o apoio da Fundação Josué Montello, da Empresa Maranhense de Administração Portuária (EMAP) e da Vale, realizará uma série de eventos que farão parte da programação do projeto 200 Anos de Imprensa do Maranhão.
A união entre as entidades viabilizará as ações organizadas e efetivadas pela Diretoria de Comunicação da UFMA, para homenagear esse marco histórico, que teve início no dia 15 de abril de 1821, data de circulação do primeiro exemplar d’O Conciliador.
A programação já começou, e ela estreou na data emblemática para o projeto. Na noite de 15 de abril de 2021, via canal institucional da UFMA no Youtube, ocorreu a Abertura Oficial do bicentenário. E há muito mais por vir na programação.
“As comemorações, pelo planejamento, vão até dezembro de 2021. Esperamos que, com todas essas ações, possamos presentear a imprensa maranhense, que veio a lume no dia 15 de abril de 1821, com a edição manuscrita do jornal O Conciliador do Maranhão, fazendo jus a tudo o que ela representa e ao seu papel fundamental na construção de uma sociedade democrática e de bases sólidas, como sabemos ser a maranhense”, disse o vice-reitor da UFMA e coordenador do projeto, Marcos Fábio Belo Mattos.
A programação vai contar, no mês de novembro, com a entrega da Comenda dos 200 anos de Fundação da Imprensa no Maranhão, cerimônia em que serão agraciados 50 profissionais, das mais distintas mídias, que contribuíram para o desenvolvimento da imprensa maranhense.
Está sendo produzido, também, um videodocumentário, um podcast com cinco episódios, um material especial para o Portal da UFMA e uma WebStorie, para redes sociais.
Segundo a diretora presidente da Fundação Josué Montello, Maria de Jesus Jorge Torres, projetos dessa magnitude têm grande relevância na valorização de uma sociedade democrática, além de corroborar o papel social da Fundação: contribuir para o processo de cultura de responsabilidade e integração social, apoiando atividades científicas, tecnológicas e de inovação no campo do ensino e da pesquisa.
“Foi com orgulho e satisfação que aceitamos integrar o projeto 200 Anos de Imprensa no Maranhão. Neste momento caótico que estamos vivendo, o papel da imprensa tem sido crucial na divulgação de informações importantes de combate à pandemia. Dessa maneira, a Fundação Josué Montello não poderia omitir-se nessa grandiosa empreitada de valorização da imprensa local, assim como ela sempre busca aliar-se às instituições que apoiam projetos científicos, tecnológicos e de inovação com o objetivo de contribuir com o desenvolvimento da sociedade”, relatou Torres.
Já, segundo a gerente de comunicação da Empresa Maranhense de Administração Portuária, Deborah Baesse, apoiar projetos que enaltecem a imprensa e uma comunicação plural é um compromisso democrático que a EMAP também reproduz.
“A imprensa livre é um dos principais pilares do estado democrático de direito, e é um orgulho para nós termos o Maranhão na vanguarda desse processo, com a circulação de seu primeiro jornal há 200 anos. Como empresa pública que atua para o desenvolvimento do nosso estado, nós não poderíamos deixar de apoiar a celebração de algo tão importante. E no momento atual — quando o compromisso com as liberdades individuais e direitos fundamentais se faz ainda mais necessário — devemos celebrar o papel do Maranhão na construção de uma imprensa livre e democrática”, frisou Baesse.
Valorização da imprensa: objetivo latente que motivou a cooperação entre a UFMA, Fundação Josué Montello, EMAP e Vale na concretização do projeto 200 anos de Imprensa no Maranhão, um legado para o estado.
“A Vale se sente honrada em integrar o projeto e entende que apoiá-lo é valorizar a imprensa do Maranhão que tem papel fundamental na formação de opinião. É louvável a iniciativa da UFMA de resgatar historicamente as iniciativas do setor”, frisou Vanessa Tavares, Relações Institucionais da Vale no Maranhão.
Sobre o Projeto
O projeto visa resgatar e enaltecer os 200 anos da introdução da imprensa no Estado do Maranhão, de forma a proporcionar uma revisitação da memória, tanto do acontecimento em si quanto da trajetória da imprensa nesses dois últimos séculos.
Em abril de 1821, era fundado, na capital do Maranhão, a colonial cidade de São Luís, que ainda não era conhecida como Athenas Brasileira, o primeiro jornal do Maranhão. Chamava-se O Conciliador do Maranhão e se tornou o marco inicial da atividade jornalística — que, nesses 200 anos, mostrou-se pujante e bastante diversificada.
Para comemorar esse momento, a UFMA está organizando uma série de eventos em 2021. As ações estão sendo organizadas e efetivadas pela Superintendência de Comunicação e Eventos, por meio da Diretoria de Comunicação da Universidade.
Uma resposta
Meu caro confrade e Vice-reitor da UFMA-Marcos, deixaste-me, profundamente feliz e orgulhoso, ao mesmo tempo, dada à
importância, de tão oportuno resgate histórico sobre a gênese da História da Imprensa Maranhense, num momento, em que o nosso País vivencia, a amargura, angústia, medo, da possibilidade de uma marcha à ré, no projeto de aperfeiçoamento de nossa Democracia. A qual, infelizmente, malgrado aos avanços que temos tido no decorrer desses dois séculos de história de nossa imprensa, ainda, é-nos, possível, evidenciar a enorme desigualdade entre aqueles que detém um alto poder econômico, sobre aqueles que não o têm, ou seja, vivem à margem da sociedade.
Mesmo assim, somando-se, todos entraves enfrentados pela Imprensa em nosso Estado e, em todo Brasil, quanto às denúncias sobre, injustiças sociais, políticas, feminicídio, trabalho escravo, morte de trabalhadores no campo, crimes sexuais, étnicos e, também, religiosos, crimes de gestão pública, e muitos outros… Não chegariam ao conhecimento da Sociedade Brasileira, sem a galhardia, coragem de muitos jornalistas. Os quais, muitas vezes, são demitidos dos órgãos de Imprensa, além de se tornarem vítimas mortais de organizações políticas criminosas,ou ligadas ao narcotráfico. Eu, em particular, ousadamente, encontrei na Imprensa de Imperatriz, na pessoa do meu saudoso confrade- JURIVÊ DE MACEDO, estendo o meu abraço de gratidão, a todos os jornalistas de Imperatriz, pela Aliança que pude formar com a Imprensa Local, em defesa do ALEITAMENTO MATERNO e pela transformação do hospital geral Regional, em hospital MATERNO INFANTIL. Meus parabéns, por tão justo resgate histórico, meu confrade! Sucesso, sucesso sempre! Itamar Dias Fernandes