domingo, 3 de novembro de 2024

Dia de Construir um Futuro mais Justo e Igualitário para todas as Mulheres

Publicado em 8 de março de 2024, às 8:56
Fonte: Cláudio Santos – Advogado, educador e comunicador.
Imagem: FreePik Premium.

O Dia Internacional da Mulher foi oficializado pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 8 de março de 1975. Essa data é fruto de um incessante movimento de construção de uma sociedade sem desigualdade e preconceito de gênero. É mais que um dia voltado para homenagear as mulheres, é um convite à reflexão e à ação nos campos afetivo, familiar, social e profissional.

Décadas de engajamento político das mulheres pelo reconhecimento de seus direitos trabalhistas, eleitorais e de efetiva participação na sociedade culminaram na uniformização mundial dessa data. É um momento que evidencia conquistas sociais, políticas, econômicas, culturais, educacionais e impulsiona a luta contínua pela igualdade de gênero (liberdade para ambos os sexos fazerem suas escolhas, usufruindo das mesmas responsabilidades, direitos e oportunidades).

Neste dia, inúmeras atividades reforçam a importância da participação das mulheres na vida pública e explicitam que muito ainda há de ser feito para uma paridade de gêneros. Palestras, debates, manifestações, eventos culturais, homenagens, servem de palco para a necessária aclamação de mulheres que fizeram ou ainda fazem contribuições significativas para a sociedade. Além de ser um momento ímpar para reinvindicações e discussões sobre violências contra a mulher, empoderamento feminino, desigualdade salarial, sub-representação política, estereótipos de gênero, dentre outros assuntos relevantes e indispensáveis.

Faz-se mister frisar que, para que haja a promoção de ambientes mais inclusivos, equitativos e seguros para todas as pessoas, temáticas sensíveis devem ser tratadas com foco na resolutividade e não como mera manchete de espetacularização. A título de exemplo negativo, podemos trazer a lume dados alarmantes sobre violências contra as mulheres. Segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, no Brasil, em 2023, houve registro de quatro vítimas de feminicídio por dia (um a cada seis horas). E, embora essa informação seja estarrecedora, a ausência de medidas preventivas baseadas na compreensão científica das causas dessas violências também chama atenção. A criminalização de condutas, sem se dar conta de suas origens, é mais uma forma de inibição do que uma solução para o problema.

Para além do que habitualmente acontece, que é a romantização da figura da mulher (a bela a ser conquistada), sua vitimização pela mídia (mocinha indefesa) ou sua redução a um aspecto biológico (maternidade/procriação), o ser humano mulher deveria ser cada vez mais valorizado por sua racionalidade na condução de diversas situações pessoais e profissionais, por sua resiliência inabalável diante de adversidades e por sua leveza imponente ao lidar com desafios diariamente.

Aquele(a) que já teve a oportunidade de conviver com uma líder em casa ou em uma estrutura corporativa, pode atestar que o brilhantismo feminino é uma realidade que se torna mais visível a cada dia. A determinação da mulher transcende sua fisionomia e estabelece novos parâmetros intelectuais para o competitivo mercado de trabalho. Aquelas que se dispuserem a progredir, desconsiderando comparações insignificantes entre identidades de gêneros, eliminando justificativas e focando no autoaprimoramento de suas habilidades e competências, em algum momento, inevitavelmente, serão tidas como modelos de sucesso.

A superação de obstáculos e a construção de um futuro mais justo e igualitário para todas as mulheres já começou. E irá se perpetuar como uma demonstração de que a mensagem do “dia das mulheres” é a de que não haverá um dia para as mulheres, enquanto todas as mulheres não puderem tomar suas próprias decisões e realizarem-se integralmente todos os dias.

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