Com frequência lemos ou ouvimos que: “Gentileza gera gentileza”. Mas será que essa prática de amabilidade também é aplicável às relações profissionais? Por que algumas pessoas têm receio de ajudar os outros? Essa atitude pode contribuir para uma sociedade mais justa e igualitária?
Ajudar um colega é uma demonstração de profissionalismo, empatia, solidariedade e cooperação. Pode ser uma ótima maneira de iniciar e fortalecer relacionamentos, criar um ambiente de trabalho mais positivo e produtivo e até mesmo impulsionar nossa carreira.
Ser amigável, generoso e cordial torna qualquer interação humana mais suscetível a ter bons resultados. Agir com atenção, respeito e ter diálogo sincero valoriza a sua presença e a do outro. Então por que não fazermos do uso de gentilezas uma rotina pessoal e profissional? Gestos simples de coleguismo suscitam o que há de melhor em nós mesmos, afetam positivamente nosso humor e despertam normas sociais de reciprocidade.
É inegável que em toda atividade profissional existam divergências e competições entre seus atores. E isso é algo que estimula o desenvolvimento desses participantes, se estiver de acordo com regras e/ou tratos sociais, porque faz com que cada um tente superar a si e ao seu concorrente de modo ético. Com isso, prover os colegas com informações essenciais, técnicas básicas e estratégias iniciais não coloca em risco a nossa sobrevivência no mercado de trabalho; é uma demonstração de expertise.
No universo corporativo, que é muito competitivo, para que haja a integração e adaptação de novos colaboradores, implementa-se a socialização organizacional para instruir os novos funcionários sobre cultura, rotina, dinâmicas da empresa (onboarding). No entanto, entre profissionais autônomos de uma mesma categoria, ainda existe uma desconfiança no acolhimento de novos colegas como se estes representassem algum perigo para o colega mais experiente.
A neurolinguística há anos evidencia que a forma mais efetiva para se aprender é ensinar. A maior parte de nosso aprendizado acontece quando ensinamos: explicando, resumindo, estuturando, definindo, generalizando, ilustrando, etc. Portanto, ao auxiliar um colega, na verdade estamos nos ajudando a aprimorar nossos conhecimentos, comportamentos e hábitos.
Oferecer ajuda, ser solidário, compartilhar experiências e conhecimentos, ser um bom mentor, colaborar em projetos, ser respeitoso e profissional, reconhecer o bom trabalho do colega são ações singelas que fomentam um espírito de equipe (em empresas) ou de união (em uma mesma categoria profissional).
Ser profissional pressupõe conhecer as necessidades e preferências de seus clientes e dos seus pares e contribuir para satisfazê-las de modo eficaz. Pois, em um mundo em que somos “inundados” por infindáveis informações, segundo a segundo, poder contar com apoio humano especializado nos dá mais segurança e avigora parcerias de sucesso.
Ajudar é ajudar-se. Embora ninguém seja insubstituível, prestar assistência a um(a) colega ou simplesmente agir com gentileza não é prejudicial àquele que soube construir uma trajetória sólida: tem uma carreira consolidada.
Cada pequeno ato de educação “reverbera” sem limites. Cada auxílio ao outro produz benefícios a este, a quem pratica e à comunidade. O caminho para uma sociedade mais justa começa com o exercício habitual da cooperação, do senso de justiça e da igualdade de oportunidades.
4 respostas
. Parabéns e parabéns!
Dr. Cláudio Santos.
O texto é bem abrangente e espelha o quão importante é o desenvolvimento de um relacionamento ético, colaborativo e respeitoso entre profissionais de um mesmo segmento. Parabéns Dr Claudio.
O texto é bem abrangente e espelha o quão importante é o desenvolvimento de um relacionamento ético, colaborativo e respeitoso entre profissionais de um mesmo segmento. Parabéns Dr Claudio.
Excelente texto!