sexta-feira, 6 de setembro de 2024

APRENDER A ESCREVER ESCREVENDO

Publicado em 25 de janeiro de 2024, às 6:32
Fonte: Marcos Fábio Belo Matos – jornalista, professor e escritor. Membro das Academias Bacabalense e Imperatrizense de Letras e do Instituto Histórico e Geográfico de Imperatriz (IHGI)
Aerial view of a man typing on a retro typewriter blank paper. Imagem: FreePik Premium

Você se lembra de como aprendeu a andar de bicicleta? Normalmente, o processo era este: o pai comprava uma bicicletinha com rodinhas laterais, mostrava para a criança os mecanismos básicos – pedais, freios, guidom e suas movimentações, selim e suas alterações verticais. Pronto. Essa era a teoria. Aí, montava a criança no selim e dava um empurrãozinho, só para descolar. E deixava que o resto o menino ou a menina fazia, no impulso e no entusiasmo. Com o tempo, o pai (ou qualquer outro adulto) ia suspendendo as rodinhas, cada vez mais alto, de maneira que a criança ia se acostumando com o equilíbrio. Até o dia em que, como num passe de mágica, os pneuzinhos de apoio sumiam. Agora era sustentar um pouco o jovem ciclista, dar uma corridinha com ele e, quando ele ainda achasse que o adulto estava segurando, ele já tinha rodado uns cem, duzentos metros… sozinho. Depois viria a prática, prática, prática. Caía algumas vezes, desengonçado. Mas logo levantava e subia de novo. Até se tornar um ciclista experimentado.

Escrever é do mesmo jeito. Primeiro, é necessário aprender alguns conceitos básicos – noções de gênero, de estrutura (narração, descrição, dissertação), estruturação de períodos, parágrafos, regras de gramática, um pouco de estilística. Depois, é prática. Escrever, escrever, reescrever. Escrever sempre, para ficar cada dia melhor.

Um dos principais erros que os candidatos a Enem e outros concursos cometem é achar que, apenas assistindo às aulas de redação, poderão fazer uma boa redação. Claro que não poderão. Simplesmente porque o professor não estará lá, na hora do concurso, para escrever por ele ou ela. Aquelas aulas se resumem a análise de modelos e antimodelos (textos perfeitos e imperfeitos) e dicas de como estruturar a redação, organizar o pensamento, iniciar uma introdução, fazer um parágrafo com “gancho”, terminar o texto com uma bela conclusão, pôr um título criativo. Mas elas de nada adiantarão se, chegando em casa, o estudante não praticar, se não fizer seu próprio texto e levar para o professor corrigir, se não escrever e reescrever aquele texto que achou que não ficou bom.

A melhor estratégia para quem está prestes a enfrentar uma redação é criar uma rotina de escrever esse gênero de texto. Então, estabeleça que, assim como você estuda Matemática das 8h às 10h de segunda-feira, você vai passar a escrever uma redação todas as terças-feiras, das 14h às 16h. Crie essa rotina, dê-se esse exercício. Você perceberá, entre outras coisas, que, com três ou quatro semanas, seu texto já sairá melhor, será escrito com mais facilidade, mais bem organizado em termos de encadeamento de ideias, clareza de raciocínio, etc.

E escrever sobre o quê? Sobre os assuntos que estão na ordem do dia. Violência urbana; crises políticas; baixo crescimento do país; meio ambiente; campanha eleitoral; direito dos idosos. Informe-se sobre o que é “assunto quente” e mãos à obra.

Escrever é prática. E, quando você cria o hábito, fica muito prazeroso. E a letra ainda fica mais bonita, o que vai ajudar o examinador…

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