quinta-feira, 28 de março de 2024

Julgador

Publicado em 22 de maio de 2022, às 8:41
Imagem: Unsplash

Entre os muitos ensinamentos de Jesus Cristo, o mais difícil, ou quase impossível de ser seguido, é aquele presente em Mateus capitulo 7: 1-2, que diz: “Não julgueis, para que não sejais julgados”. Diante desse ensinamento, conclui-se que se a depender os homens da Terra do cumprimento deste dispositivo bíblico “o lugar deles no Céu”, sua salvação estará seriamente comprometida.

Ao longo da evolução, o homem desenvolveu um espírito julgador superficial. Julga não só pessoas, mas também fatos e coisas. “Nem a mãe natureza escapa”. São julgamentos, na maioria das vezes, sem direito ao contraditório e à ampla defesa, em que o in dubio pro reo, máxima do direito que diz que na dúvida deve se beneficiar o réu, anda a léguas de distância. As sentenças são sumárias, e quase todas condenatórias. 

Que atire a primeira pedra quem, já hoje, depois de ter acordado, não fez um, dois, ou mais julgamentos!   Pouco nos damos conta dessa imperfeição humana.  O Nazareno tem razão quando alerta que à medida que julgamos também somos julgados.  Sendo assim, chegamos a mais uma conclusão: “a humanidade é um grande tribunal onde todos julgam todos”.

Já se julgou menos, é verdade. Mas hoje, diante do quadro evolutivo da sociedade, julga-se mais.  Tudo é motivo para a emissão de um juízo de valor. O modo de alguém se vestir, o carro em que anda, o jeito de falar, a cor da pele, e mesmo o de caminhar são motivos para a emissão imediata de algum tipo de (pré) conceito. Somos julgados até pelas  nossas companhias.  Aquele velho dito popular que assinala “diz-me com quem andas que te direi que és”   confirma essa assertiva.

Julgar no aspecto do que hoje abordamos pode ter seu lado positivo. Um julgamento bem embasado onde se permita deixar de lado nosso subjetivismo marcado, quase sempre, pelos (pré) conceitos, pode contribuir bastante para que nossas escolhas sejam melhores, e com isso erremos menos. O impedimento para que alcancemos esse nível é justamente o danado do preconceito e suas variáveis. 

Esse defeito de origem, o de julgadores, revela mais uma vez que somos uma enorme pedra bruta carente de polimento. E se não temos como nos livrar desse gen julgador, que pelo menos aprendamos a julgar melhor e errar o mínimo, o máximo possível.

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