quinta-feira, 20 de março de 2025

LIVRO É UMA BOA COMPANHIA

Publicado em 27 de janeiro de 2022, às 10:41
Imagem: Unsplash

Vi esta frase, tempos atrás,  no Facebook da Helena Frenzel, uma amiga virtual, maranhense que mora na Alemanha  e edita livros eletrônicos (e-books): “Um livro é melhor companhia do que uma má pessoa”. Era isso ou algo assim. A afirmação me fez lembrar o contato que eu já tive com muitos autores, com muita gente boa. E o tempo que eu ganhei.

Livros são, de fato, uma boa companhia. E são muito úteis para a vida prática. Mesmo um livro ruim é uma companhia boa – pois pode ter certeza de que ele, na sua ruindade, alguma coisa vai lhe acrescentar. Nem que seja o reforço do hábito de ler.

Quando você lê, uma série de benefícios lhe vai ser proporcionada. Por exemplo: a) vai lhe permitir incorporar vocabulário; b) incorporar a estrutura da língua, sem ter que ficar decorando regras de gramática, quase sempre desconectadas do seu contexto e da sua conjuntura; c) desenvolver o seu senso de percepção abstrata – pois o cérebro vai ter que entrar em ação e criar as imagens que as palavras evocam, com as sensações que vêm imbricadas nelas; d) refinar a sua capacidade narrativa, descritiva e dissertativa – enfim, a sua capacidade de redigir em geral; e) proporcionar-lhe conhecer outras culturas; e) permitir-lhe “viajar” para outros lugares e outros tempos – até outros mundos; f) enfim, fazer-lhe travar contato com ideias, parecidas ou diferentes, das suas, mas em geral bem elaboradas, porque passaram pela maturação da escrita.

Livros também ficam para a vida inteira. Nunca me esqueci do impacto que sofri, positivamente, ao ler, aos 17 anos, o Dom Casmurro, de Machado de Assis – que história linda, que forma distinta de narrar, que força na construção daqueles cenários, daquelas personalidades. E que mulher impecavelmente construída aquela Capitu. A mesma sensação eu tive ao travar contato com Vidas Secas, de Graciliano Ramos, na sua crueza severa. E igualmente, já recente, quando conheci José Saramago, por meio do seu singular livro Ensaio sobre a Cegueira. Bem antes disso tudo, lembro do impacto que Fernão Capelo Gaivota, de Richard Back, me causou. Bem antes ainda, a beleza açucarada de Poliana Menina, de Eleanor H. Porter, ou de O Estudante, de Adelaide Carraro…enfim, livros ficam para a vida toda, bons ou maus. Os bons, é claro, nos fazem um bem melhor.

Gosto do calor humano. Gosto de conversar com gente. E se essa gente tiver um livro na mão – ou no computador, no celular, no tablet, em qualquer plataforma, enfim – melhor ainda.

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