quinta-feira, 28 de março de 2024

O voo da borboleta

Publicado em 19 de setembro de 2021, às 11:03
Imagem: Freepik

Esta semana, não descobri ainda o porquê, me dei um flagra refletindo sobre a maturidade, e acabei viajando no tempo.

E não é que é legal viajar no túnel do tempo?    Revi amigos, as brincadeiras e peraltices da infância; aquela vez que cuspi, zangado, na saia da professora por haver tirado uma nota baixa, e ainda aquele dia no qual perguntei a ela, e fiquei sem resposta, quem era o pai de Deus.  

Viajar no tempo é legal! A gente só não pode é ficar preso, lá.  Descobri que uma visitinha, de vez em quando, faz bem para a saúde. Agora, com uma outra ressalva: desde que seja pra reviver boas recordações.  Diferente disso, faz um mal danado.

De volta ao lance da maturidade.  Embora saibamos que seja um estágio para o fim corporal, se a gente analisar bem, é pura magia.   Trata-se de um momento mágico da vida, sobretudo quando a gente faz aquelas paradas obrigatórias, como um dia comentou comigo um espiritualista.  “Nessa fase são necessárias algumas paradas obrigatórias para que haja os consertos necessários e a gente possa seguir adiante”, ensinou ele.

   
Pensei, e tentei encontrar uma maneira de compreender o que seria essa tão esperada maturidade. De repente, na minha mente, como um filme,  surgiu uma lagarta rastejando bem devagar. O bicho via tudo por um único ângulo.  Passava por cima de pau e pedra, se machucava, e parecia não sentir dor.  Medo?  Não existia!  Ao meu sentir, havia naquela lagarta um sentimento de infalibilidade.  

Num determinado momento, obedecendo ao comando natural da existência, a lagarta parou e se recolheu por um determinado tempo. Parada obrigatória para um período clausura e de transformação. Com a graça de ter chegado até ali, agora sim, surgia uma bela e colorida borboleta. 

A lagarta se transformou, criou asas e voou.  Passou a ver o mundo lá do alto.  Pôde perceber que as pedras pelas quais até pouco tempo rastejava, continuavam   lá, mas que no meio delas era possível enxergar o verde que não via antes   e uma enorme variedade de flores. 

Agora  com as asas, se quisesse,  a ex-lagarta  poderia  ir mais longe , ir a lugares antes  inimagináveis e  escolher  pousar nas   flores mais belas.


Enfim, a  lagarta passou a ser mais seletiva,  e se soubesse cantar,    naquele instante, certamente cantaria como aquele   velho músico americano   Louis Armstrong  na sua  clássica canção:   What wonderful  world  ( Que mundo maravilhoso) .

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