quinta-feira, 28 de março de 2024

COMO ESCREVER HEROÍNAS/PROTAGONISTAS DE UMA HISTÓRIA

Publicado em 31 de agosto de 2021, às 9:34

São muitas as obras literárias que têm como protagonista (ou heroína) uma personagem feminina e muitas vezes isso se deve ao fato de que muitas dessas histórias são escritas por autoras que também são mulheres e que, por consequência, acabam atraindo leitoras mulheres, e por sua vez, o mercado literário acaba sendo um pouco mais atrativo para o sexo feminino. Mesmo assim, por algum tempo, diversos estereótipos desse gênero acabaram sendo reproduzidos na literatura. 

Com as diversas mudanças sociais que foram ocorrendo, essa visão sobre as personagens femininas acabou se refletindo também na literatura. Por muito tempo, a ideia da rivalidade feminina era vista dentro do entretenimento e essa concepção vem perdendo força à medida que a sociedade vem discutindo sobre a forma como as mulheres são representadas na mídia e na literatura também. 

Por muito tempo os famosos “Contos de Fadas” vem reproduzindo estereótipos acerca de personagens femininas, seja na abundante representação de rivalidade femininas como vistas em “A Branca de Neve e os 7 Anões”, “Cinderela”, “A Pequena Sereia”, “A Bela Adormecida”, e vários outros contos infantis. Percebe-se nesses contextos que a rivalidade feminina é exercida entre as protagonistas e figuras femininas de autoridade do núcleo familiar da mocinha, muitas vezes movido pela inveja da beleza, ou seja, pela disputa da atenção de um homem. 

Outro estereótipo bastante marcado pelos “Contos de Fadas” é o da “princesa presa na torre que precisa ser salva por um príncipe”, o famoso “a donzela em perigo”. As protagonistas estão em sua maioria presas seja literalmente numa torre como o caso de “Rapunzel”, “Bela Adormecida” ou seja em algum lugar ou situação como “Branca de Neve” e “Cinderela”. Nota-se que ao final dos contos as protagonistas são “salvas” de suas situações por um príncipe, na maioria das vezes como o “Beijo do Amor Verdadeiro”. 

É de se pensar que o estereótipo feminino criado pelos “Contos de Fadas” é coisa do passado, mas infelizmente ainda são estereótipos que são reproduzidos nos tempos contemporâneos. A “rivalidade feminina” é o que se mais vê seja em livros, seja em roteiros de cinema e séries televisivas. Um caso recente acontece na adaptação literária de “Sombra e Ossos” feita pelo streaming da Netflix, em que rola a rivalidade entre a protagonista Alina e a grisha Zoya, que estão interessadas no mesmo homem. 

Outra situação recente acontece em “Animais Fantásticos e Os Crimes de Grindelwald”, em que contra todas as expectativas, ocorre o clássico da “princesa presa na torre que precisa ser salva pelo príncipe”, na cena em questão a protagonista feminina Porpentina Goldstein foi capturada por um bruxo das trevas e precisa ser resgatada por seu par romântico, Newt Scamander. O absurdo piora quando você analisa a situação e o papel dos personagens na trama. Porpentina é uma Auror, uma caçadora de bruxos das trevas, e, portanto, é presumível que seja uma bruxa competente em duelos. O bruxo das trevas que a faz de refém além de amaldiçoado estava também doente e mesmo fraco como estava ainda assim foi capaz de capturá-la. Newt que é quem a salva é meramente um magizoologista, um especialista em animais mágicos. Nada faz sentido na cena inteira.

Era de se imaginar que atualmente as mulheres não estariam mais presas a diversos estereótipos machistas do passado, mas ainda é um problema que precisa ser encarado. Além dos “Contos de Fadas”, outros gêneros que abusam de estereótipos femininos machistas são os jogos de videogame e as HQs. Infelizmente, nesses casos, temos o pior estereótipo feminino possível: a sexualização do corpo feminino.

Em jogos de videogame é muito comum encontrar o estereótipo da “princesa presa na torre”, um dos mais famosos a usar esse artifício é “Mario Bros”, em que a Princesa Peach faz constantemente o papel da “donzela em apuros”. Mas o que irrita a maioria das jogadoras mulheres dos games é a sexualização das personagens femininas que surgem para lutar usando trajes minúsculos, que mal cobrem o corpo, com “armaduras” que não protegem nada, deixando pontos vitais à vista, surgindo sempre em posições com teor sexual. Entre algumas das personagens famosas que são bastante sexualizadas estão Lara Croft da série de jogos “Tomb Raider”, uma arqueóloga com seios avantajados e curvas acentuadas que vai explorar a mata de shortinho e top, e Bayonetta da série de jogos de mesmo nome, em que a personagem aparece sempre com decotes na frente e nas costas e com a câmera focando em ângulos nunca esperados em cenas de ação com objetivo de sexualizar a personagem.

Nos quadrinhos o problema dos trajes das heroínas e as poses em que são desenhadas durante as cenas também ainda são um problema, que pouco a pouco, estão sendo resolvidos. Personagens como Estelar, Feiticeira Escarlate e até mesmo Mulher Maravilha, aparecem em trajes nada apropriados para lutar ou mesmo para qualquer outra coisa. 

É claro que no caso de Estelar e Mulher Maravilha inventaram-se desculpas para o uso dos trajes. Estelar, de longe uma das personagens mais sexualizada dos quadrinhos, usava vestimentas que mal cobriam seu corpo, tampando os seios e as nádegas e nada mais, o motivo de toda essa exposição é que a alienígena pertence a uma raça que adquire seus poderes devido a exposição aos raios solares. É engraçado que Superman, outro personagem que também adquire seus poderes do sol, não tenha sido tão exacerbadamente sexualizado. Mulher Maravilha, por outro lado, tem seus trajes cobrindo pouco de seu corpo devido ao fato de ser uma amazona. 

Com o passar do tempo, os trajes de Estelar e Mulher Maravilha foram mudando e cobrindo mais seus corpos, mas vez ou outra as poses sensuais estão lá, se não nas HQs, então em suas adaptações cinematográficas. Que mulher não se incomodou quando durante o filme “Liga da Justiça” (2017), a Mulher Maravilha, interpretada pela atriz Gal Gadot, está subindo num avião e a câmera faz questão de filmá-la de baixo para cima, focando nas pernas e bunda da atriz? Em “Esquadrão Suícida” (2016), a personagem Arlequina é sexualizada do início ao fim, e se você ainda tem dúvidas de que teve ou não sexualização, saiba que os shorts usados pela personagem que já eram minúsculos, ao ponto de incomodarem a atriz Margot Robbie, foram diminuídos digitalmente na pós-produção. É curioso pensar que quando Elizabeth Olsen estava sendo escalada para interpretar a Feiticeira Escarlate os produtores precisaram avisá-la para caso procurasse a personagem na internet ela não levasse em conta os trajes usados pela Feiticeira Escarlate quando fosse se decidir ou não se iria interpretá-la, porque “eles nunca a colocariam para usar aquilo”. E apesar da promessa ser mantida, é estranho que a primeira roupa da personagem nos filmes é um vestido preto com decote e uma jaqueta vermelha que ela usa em plena batalha. O vestuário evoluiu nos próximos filmes, em que ela usa roupas de couro, corset e sobretudo… e apesar do resto do corpo coberto, o decote não só permanece, mas aumenta. O problema só foi corrigido recentemente em “WandaVision”.

Todos esses estereótipos femininos estão aos poucos sendo corrigidos, principalmente pelo fato de as mulheres estarem mais presentes nas produções de conteúdo, seja nos livros, nos roteiros, na direção e produção de games, séries e filmes. Personagens como Katniss Everdeen, de Suzanne Collins; Hermione Granger, de J.K. Rowling; Bella Swan, de Stephanie Meyer; Tris Prior, de Veronica Roth; tem algo de comum entre elas: além de personagens femininas fortes e independentes foram criadas por escritoras mulheres, e é claro roubaram a cena no início dos anos 2000 e se popularizaram ainda mais a partir da próxima década. 

Uma das primeiras personagens que ganharam popularidade nos livros foi a protagonista da saga “Crepúsculo” (2005), Bella Swan, escrita pela autora norte-americana Stephenie Meyer. Bella sempre via a si mesma como uma garota insegura e nada atrativa, mas que acabou conquistando um amor sobrenatural. Apesar do sucesso da história, Bella representou por muito tempo o estereótipo típico e recorrente da personagem feminina dos anos 2000.

Em “Sussurro” (2009), da autora estadunidense Becca Fitzpatrick, apesar de ser uma obra de temática sobrenatural também dos anos 2000 e ter rivalidade feminina, já possui uma protagonista que começa a fugir desse estereótipo. A personagem Nora Grey é independente, determinada e seu romance não influencia no seu desenvolvimento pessoal.

Já com a febre do gênero distópico, tivemos a personagem Katniss Everdeen, da saga “Jogos Vorazes” (2010), escrita pela autora norte-americana Suzanne Collins, que descreve bem o tipo de protagonista que esse tipo de história precisa. Katniss é uma personagem que possui muito desenvolvimento, e muito disso ocorre por causa do enredo mais sério e focado. A personagem cresce em um meio em que precisa aprender arquearia para poder caçar e assim ter o que comer ou o que vender para ter dinheiro e assim ela e sua família sobreviver naquele cenário de pobreza. E é a sua maestria no arco e flecha, aprendido a duras penas, que lhe permite sobreviver nos famigerados Jogos Vorazes. 

Apesar de não ser a protagonista principal da trama, Hermione Granger, é a personagem feminina central e a de mais destaque na saga Harry Potter, gerando enormes discussões entre os fãs de que sem ela o protagonista Harry e seu amigo Rony, não teriam passado do primeiro livro. Brincadeiras à parte, a personagem de fato tem seu valor e salva a pele dos garotos várias vezes devido seus conhecimentos, mas isso não a torna intocável e já precisou da ajuda dos meninos também. E apesar de primeiramente aparentar ser apenas mais uma “irritante-sabe-tudo”, como diria Severo Snape, as qualidades de Hermione vão além de sua inteligência e isso pode ser facilmente visto pelo fato da garota ter sido selecionada para a casa Grifinória. Embora o Chapéu-Seletor tenha ficado em dúvida entre a Corvinal e a Grifinória, é curioso que ele não tenha escolhido a Corvinal uma casa que preza por “suas mentes brilhantes e afiadas”, mas sim a selecionado para a Grifinória, a casa dos “corajosos e nobres”.

Mais recentemente, com a ascensão do gênero da fantasia na literatura, temos personagens que vêm ganhando bastante destaque e favoritismo entre os fãs. Na trilogia “O Povo do Ar” (2018), escrita pela autora americana Holly Black, Jude Duarte é uma protagonista forte, intimidante e que parece não combinar muito bem com o cenário mágico do mundo das fadas. Apesar de ser humana e não ter nenhum poder especial, ela não encontra dificuldades de usar isso a seu favor em meio às tramas políticas que envolvem todo o enredo.

O estereótipo da “princesa” não necessariamente é ruim, uma personagem pode ser forte personificando trejeitos da donzela e até mesmo ser uma princesa ou lady, muito comuns em livros de época, o ruim é a necessidade de ser salva por um homem. A “princesa/ donzela” pode muito bem ser forte e salvar a si mesma. Uma personagem que se enquadra no estereótipo da “donzela em apuros” e consegue lidar muito bem com a situação em que se encontra é Sansa Stark das “Crônicas de Gelo e Fogo” (mais tarde adaptado para a série Game of Thrones). Sansa é feita prisioneira e apesar de iniciar a narrativa como uma garota chorona e mimada, com o passar do tempo vai aprendendo a usar os legados aprendidos na corte para sobreviver. Se eles a veem como a “donzela em perigo” é exatamente assim que ela vai aparecer e se disfarçar e usar isso como sua arma e escudo, que eventualmente a fazem não só sobreviver como também escapar de sua prisão.

Apesar do nome “heroínas”, as personagens principais, não necessariamente precisam ter poderes ou serem guerreiras, elas podem ser simplesmente mulheres comuns. Mas algo que ambos os estereótipos seja a da “heroína superpoderosa”, o da “guerreira forte”, ou da “princesa/donzela”, ou o da “mulher comum”, é que essas personagens não podem e não devem ser perfeitas. Elas precisam ter seus pontos fortes e suas fraquezas na mesma proporção. Pois é isso que vai aproximá-las do público, o fato de que como todo mundo elas têm falhas. 

A protagonista de “Território de Fúria

Por: Artemisa Lopes

A história de “Território de Fúria” tem como protagonista a personagem Valerie Arsen, que não é exatamente uma heroína muito nobre. Muitas de suas atitudes acabam sempre girando em torno de sua sobrevivência em primeiro lugar. Como teve que coexistir desde cedo com os mentalistas (pessoas com poderes mentais), ela logo percebeu que teria que aprender a se defender deles, o que fez com que ela se tornasse uma contrabandista de um artefato poderoso capaz de neutralizá-los. Tudo muda quando ela presencia o assassinato de um mentalista que a faz sair de sua zona de conforto.

E é justamente esse arranque da narrativa que faz a protagonista por em prática suas habilidades e principalmente se arriscar a conhecer um mundo novo, algo que faz parte do seu processo de evolução na história. Valerie possui alguns defeitos (como todo personagem deve ter); como impaciência e impulsividade e, como consequência, tem uma certa tendência a tomar decisões abruptamente, algo que ela precisa lidar para conseguir ir atrás do assassino. Essas características logo conferem a personagem uma certa identificação com o leitor, além do fato de que Valerie, apesar de ser a “mocinha” foge do estereótipo da personagem fraca, mesmo sendo humana a princípio.

A medida que avança na história, Valerie acaba aprendendo a se defender sem depender exclusivamente do uso do berzélio (minério fictício que pode ferir mentalistas) e a partir do convívio com os demais personagens, ela começa a aceitar ajuda e se sente mais encorajada a encontrar o grande vilão da história quando percebe que os mentalistas não são exatamente aquilo que ela sempre foi ensinada a acreditar, lições que impulsionam a evolução da personagem como um todo.

Quer saber mais sobre “Território de Fúria”? O link da história está logo abaixo: 

https://www.wattpad.com/myworks/275497497-territ%C3%B3rio-de-f%C3%BAria

A protagonista de “A Piromante de Lumiére”:

Por: Laura Zacca

Na trama de “A Piromante de Lumiére” a protagonista Kimberly Cassidy, é uma mestiça de fênix e humana, e, portanto, ela tem poderes divinos, que envolvem Fogo Sagrado, cura e mesmo imortalidade. Mas como “com grandes poderes vem grandes responsabilidades”, Kim precisa aprender a administrar e controlar seus poderes para que eles não saiam de controle, principalmente pelo fato de que ela guarda os poderes do pai dentro dela e por isso ela com meros 19 anos precisa lidar com um poder milenar que pode controlar sua mente. 

Kimberly como fênix é invulnerável e, portanto, não precisa de armadura como a maioria das heroínas e guerreiras, pois sua pele já é sua própria armadura. No entanto, como um Ser Sagrado, ela possui vestes sagradas presenteadas pelos Deuses, e essa é uma questão curiosa: suas roupas dependem da vontade, da personalidade e do humor do deus que a está presenteando. No primeiro livro, suas roupas são presentes de Hefestus, deus da Forja e do Fogo Sagrado, suas vestes são um sobretudo vermelho com estampa dourada de fogo e um conjunto de couro preto de blusa, calça e botas. Mas no momento que Hades aparece e a força a trabalhar para ele, o deus com um humor diabólico a força a usar um sobretudo com a cor dos olhos do amado, atualmente prisioneiro dele, e a coloca usando collant e botas de cano alto. A mudança no visual sendo um indício do controle absoluto de Hades sobre ela.

Na questão da personalidade podemos dizer que como fênix Kimberly possui dois lados bastante característicos. Por ser feita de Fogo Sagrado, Kim, por um lado, tende a ser bastante explosiva e impulsiva em suas ações, devido a particularidade proeminente do próprio fogo ser instável e inflamável. O outro lado que é muito dominante em Kim é a nobreza e o sacrifício, devido ser uma fênix uma criatura com poderes de cura capaz de doar da própria alma em prol de outros e ser literalmente um ser que renasce das cinzas como símbolo de esperança eterna. Kim ao mesmo tempo que é impulsiva, explosiva e instável, é também alguém sempre disponível a se sacrificar por outra pessoa, de pensar nos outros antes de si. Sendo a “nobreza” o cerne sagrado de toda fênix, que tornava estes seres menos animalescos antes da “bênção da humanidade” presenteada por Zeus.

Quer saber mais sobre “A Piromante de Lumiére”? O link da história está logo abaixo: 

https://www.spiritfanfiction.com/historia/a-piromante-de-lumiere-5829691

Dicas para construir heroínas:

  • Evite o estereótipo da “princesa na torre que precisa ser salva pelo príncipe”, lembre-se: a heroína pode ser capaz de se salvar e até de salvar o mocinho também.
  • A protagonista não precisa ser uma princesa ou donzela, ela pode ser uma guerreira e heroína também. Mas lembre-se: ser forte não necessariamente significa ser uma guerreira. A princesa pode ser forte ao seu modo.
  • Lembre-se: com grandes poderes, vem grandes fraquezas. É preciso ter equilíbrio. Poderes e fraquezas precisam ter a mesma medida. Assim como as virtudes e defeitos devem vir na mesma proporção. 
  • Quebre o ciclo e evite a rivalidade feminina, principalmente uma que gire em torno de um homem. Mulheres podem competir por algo que não seja um homem, como uma profissão ou posição almejada, e pasmem, podem fazer isso de maneira saudável e respeitosa.
  • E o mais importante: se sua personagem é uma guerreira vista ela com uma armadura. Não a coloque vestindo trajes que mal cobrem o corpo como um collant se isso não tiver uma boa justificativa.

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As Apresentadoras:

Laura Zacca: Jornalista formada pela UFMA, apresentadora, roteirista e editora do Canal Luna Solis, e escritora da história “A Piromante de Lumiére”.

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Instagram pessoal: @laura_zacca95 ; Twitter: @laura_zacca

Instagram literário: @apiromante_lumiere ; Twitter: @CassidyIvy

Artemisa Lopes: Jornalista formada pela UFMA, apresentadora, roteirista e editora do Canal Luna Solis, e escritora da história “Território de Fúria”.

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Instagram pessoal: @artemisalopes_ ; Twitter: @artemisalopes_

Instagram literário: @teritoriodefuria ; Twitter: @teritoriodefuria

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