quinta-feira, 28 de março de 2024

TERAPIA NUTRICIONAL NA DIABETES

Publicado em 6 de abril de 2021, às 20:50
Imagem: Freepik

A diabetes é a doença que causa mais de 5 milhões de mortes anuais. Estima-se que 46% dos portadores desconhecem o seu diagnóstico. 387 milhões de pessoas são diabéticas em todo o mundo, em idade média de 49 anos e em sua maioria mulheres, 58% dos que fazem tratamento por algum tipo de rede de saúde. Seu surgimento não se dá somente por excesso no consumo de açúcar. Isso é o que difere o tipo 1 do tipo 2.

Em algumas pessoas, o sistema imunológico ataca equivocadamente as células beta. Logo, pouca ou nenhuma insulina é liberada para o corpo. Esse é o processo que caracteriza o Tipo 1 de diabetes, que concentra entre 5 e 10% do total de pessoas com a doença. O Tipo 1 aparece geralmente na infância ou adolescência, mas pode ser diagnosticado em adultos também.

O Tipo 2 aparece quando o organismo não consegue usar adequadamente a insulina que produz; ou não produz insulina suficiente para controlar a taxa de glicemia. Esse é o tipo de diabetes que pode acometer uma pessoa que consome muito açúcar. Cerca de 90% das pessoas com diabetes têm o Tipo 2. Ele se manifesta mais frequentemente em adultos, mas crianças também podem apresentar.

PRÉ-DIABETES

A pré-diabetes ocorre quando os níveis de açúcar no sangue são mais elevados que o normal, mas ainda não o suficiente para caracterizar Diabetes. É uma espécie de sinal amarelo, mas já puxando para o vermelho. É um estado intermediário entre uma pessoa saudável e alguém que tem a doença, mas que já é capaz de gerar complicações como o pré-diabético e problemas nos olhos, além de estar ligado a hipertensão e problemas renais.

Alguns fatores podem ser determinantes para esta alteração de metabolismo, como ter pessoas com diabetes na família, estar acima do peso, ser uma pessoa sedentária e com pressão alta; e os riscos aumentam após os 45 anos. Infelizmente, a maioria das pessoas em risco de progressão ao diabetes será diabética se não tomar os devidos cuidados.

Para agir de forma preventiva é necessário, além dos exames de rotina, ter cuidados básicos com a alimentação e praticar alguma atividade física (no mínimo 150 minutos semanais, seja 30 minutos de segunda a sexta ou 50 minutos 3 vezes por semana).

DIABETES GESTACIONAL

Durante a gravidez ocorrem adaptações na produção hormonal materna para permitir o desenvolvimento do bebê.  A placenta, criada durante a gestação, reduz a captação e utilização da glicose pelo corpo, fazendo com que aumente a quantidade de glicose circulando pelo sangue. Quando percebe isso, o pâncreas materno normalmente aumenta a produção de insulina para compensar, já que a insulina é responsável por captar a glicose do sangue.

Em algumas mulheres, entretanto, este processo não ocorre e elas desenvolvem quadro de diabetes gestacional, caracterizado pelo aumento do nível de glicose no sangue.

“Existem consequências para o bebê?” Infelizmente, sim.

Quando o bebê é exposto a grandes quantidades de glicose ainda no ambiente intra-uterino, há maior risco de crescimento fetal excessivo (macrossomia fetal) e, consequentemente, partos traumáticos, hipoglicemia neonatal e até obesidade e diabetes na vida adulta.

O diabetes gestacional pode ocorrer em qualquer mulher. Não é comum a presença de sintomas. Por isso, recomenda-se que todas as gestantes procurem orientação médica para ver o nível de glicose no sangue.

Fatores de risco:

  • Idade superior a 25 anos;
  • Obesidade ou ganho excessivo de peso na gravidez atual;
  • Deposição central excessiva de gordura corporal;
  • História familiar de diabetes em parentes de 1o grau;
  • Baixa estatura;
  • Crescimento fetal excessivo, polidrâmnio, hipertensão ou pré-eclâmpsia na gravidez atual;
  • Antecedentes obstétricos de morte fetal ou neonatal, macrossomia ou diabetes gestacional.

Diagnosticada a diabetes gestacional, o acompanhamento nutricional se torna ainda mais importante! Mas não se preocupe, com uma alimentação adequada é possível reduzir as taxas e ter uma gestação saudável.

CUIDADOS COM A ALIMENTAÇÃO

Quem tem diabetes, assim como quem não tem, deve ter uma alimentação variada, com conteúdo balanceado de nutrientes, rica em grãos integrais, frutas, vegetais, carnes e laticínios magros.

Os adoçantes artificiais ou edulcorantes podem ser utilizados sim, mas é preciso ter cuidado: nem todos os produtos dietéticos são destinados aos portadores de diabetes, e para utilizá-los são necessárias cautela, moderação e ler cuidadosamente os rótulos dos alimentos.

Cuidado com alimentos ricos em carboidratos simples e que não possuem fibras, como pães, biscoitos, massas, farinhas refinadas no geral, arroz e batata. Esses alimentos podem, sim, liberar a glicose no sangue.

Evite comidas industrializadas e conservadas. Além de açúcar, esses alimentos costumam ter bastante sódio, que também pode causar problemas para quem sofre de diabetes, aumentando as chances de complicações renais, de circulação e cardiovascular.

Frutas, mesmo contendo açúcar, são importantes na dieta, inclusive do diabético! Neste caso, as frutas podem ser consumidas em quantidades menores.

A diabetes é uma doença que interfere diretamente no uso de energia, e por isso acaba requerendo cuidados extras na hora do treinamento de força. Afinal, quem tem diabetes não consegue retirar o açúcar do sangue e mandar para as células, procedimento normal para gerar energia; muitas vezes, o tratamento com insulina é necessário.

DIABÉTICOS PODEM CONSUMIR BEBIDAS ALCOÓLICAS?

A recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) é de até uma dose para mulheres e até duas doses para homens.

“O que é considerado uma dose?”

Uma lata de cerveja, uma taça de vinho ou 50ml de bebida destilada.

Na bebida alcoólica, o mais perigoso não é a quantidade de carboidratos. Ele tem um efeito diferente: inibe a gliconeogênese (formação de glicose) e pode potencializar a ação da insulina, causando hipoglicemias severas

Na verdade, há mais alguns cuidados que você deve ter além de somente contar as doses, afinal é com a sua saúde que você está lidando. É preciso medir a glicemia antes e depois do consumo de bebida alcoólica, para conhecer melhor as reações do corpo, principalmente se você usa insulina. Como o álcool pode causar hipoglicemia, se você não tomar os devidos cuidados há chances de desmaio. Você também pode tomar alguns cuidados na escolha da bebida.

Evite bebidas que levem leite condensado, mesmo o light, ou água de coco.

Prefira caipirinhas com adoçante em vez do açúcar, e frutas de menor quantidade de carboidratos (limão, maracujá) ou ainda whisky misturado com água.

E o mais importante: consulte seu médico e nutricionista! Cada pessoa tem um organismo diferente, e são essas peculiaridades que de fato vão dizer os seus limites.

O exercício físico é um fator importantíssimo para o tratamento, mas ele PRECISA ser conduzido por um profissional, que leve em consideração a sua ingestão de açúcar, a dosagem de insulina e todas as peculiaridades que envolvem a doença.

Seja qual for o tipo de diabetes, ter uma alimentação balanceada, praticar exercícios e fazer exames médicos com frequência é a melhor forma de PREVENIR, TRATAR e VIVER BEM com ela.

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