quinta-feira, 28 de março de 2024

Espaço d@s estudantes – por Hérika Almeida #007

Publicado em 14 de março de 2021, às 9:58
Foto: Autora

ENTRE O CONTO DE FADAS E A VIDA REAL

Refletindo sobre o dia internacional da mulher, senti a necessidade de compartilhar um relato da vida real. Apesar de fazer referência a um episódio triste, considero importante abordar este assunto para alertar inúmeras adolescentes e jovens que possivelmente enfrentam ou já enfrentaram esse mesmo dilema.

Hoje quero lhes falar sobre uma menina que nunca acreditou na mulher forte que existia no seu interior. Mas,  por que não acreditava? Porque ela aceitava os argumentos que a mãe narcisista lhe apresentava desde a infância: “você precisa trabalhar para me ajudar a sustentar a casa… estudar não vai te levar a nada! Você tem que casar com um homem rico, para se tornar o orgulho da família. Você não é inteligente e não é nada sem mim…”

E de tanto ouvir essas determinações, certo dia, a menina decidiu encarar seus medos e experimentar a vida. E assim, conheceu um rapaz, e junto com ele, uma paixão avassaladora. O romance evoluiu e se transformou em algo mais sério: um casamento que durou quatro anos. Embora tenha durado pouco tempo, para ela, cada dia era um verdadeiro tormento. Afinal, o que parecia um conto de fadas, se tornou um pesadelo. Isso porque ele demonstrava ser um príncipe perante a sociedade, mas, dentro de casa se comportava como um monstro.

Sem alternativas, ela aceitava os empurrões e humilhações em público, pois já havia se acostumado com aquele tipo de tratamento. Mesmo que ele dissesse que era cuidado ou amor, ela sentia um vazio dentro de si. E por essa razão, começou a se convencer de que merecia algo melhor, uma vida muito mais tranquila. Dessa forma, decidiu ir embora, deixando tudo para trás. 

Quando menos imaginou, a vida a presenteou com uma nova chance. E assim, ela conheceu um bom rapaz, que a conquistou de uma maneira calma e gentil. Ele lhe mostrou o lado bom da vida e tornou os dias mais leves e agradáveis. E o que antes era uma página negra, se transformou em um capítulo colorido. A partir de então, a menina se tornou mulher e de forma determinada, decidiu encarar a vida com maturidade, porém, sem perder a doçura.

Espero que esse desabafo não fique no esquecimento. Mas, inspire inúmeras mulheres a interromperem o ciclo de violência, seja ele qual for. E o que o Dia internacional da mulher não seja uma data utilizada apenas para movimentar o comércio, distribuir flores e bombons. Antes de tudo, se torne uma oportunidade para conscientizar as vítimas acerca de dignidade e direitos.  

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