Sou de uma geração mais antiga reconhecida como Pioneiros de Imperatriz. Foi o que declarei para justificar o título honorífico de Cidadão Imperatrizense que recebi por outorga da Câmara Municipal.
Pioneiros são aqueles homens e mulheres que aqui chegaram, meio século atrás, logo após a construção da Rodovia BR-010, a tão conhecida Rodovia Belém-Brasília.
Somos os que permanecemos firmes no posto de agentes sociais, econômicos, culturais e políticos e não procuramos outras cidades para desfrutar de melhor qualidade de vida que oferecem.
Dito assim, percebe-se que excluo da categoria de “pioneiros” os naturais da antiga cidadezinha de Imperatriz, perdida nos confins das terras tocantinas, posteriormente descoberta pela abertura da Rodovia Belém-Brasília. Por que negar-lhes o título de pioneiros, se contribuíram da mesma forma com o desenvolvimento da cidade? Eu diria que a classificação de “pioneiros” é uma concessão aos que aqui chegaram, vindos de suas longínquas terras natais e não têm o privilégio de serem imperatrizenses. Não sei dizer se este é um bom argumento, mas foi o que me ocorreu.
Os Pioneiros de Imperatriz têm corresponsabilidade pela extraordinária transformação que a antiga Vila do Frei sofreu, com grande esforço de sua população, para se tornar na maior metrópole do interior da Amazônia. Os Pioneiros de Imperatriz dão testemunho da explosão de crescimento e desenvolvimento desta “capital” sul-maranhense.
Eis porque posso dizer, com orgulho dourado, que sou um dos Cidadãos Pioneiros de Imperatriz.
Sensibilizado pela homenagem que recebi, estendo os efeitos do título de Cidadão Imperatrizense e, sei que os nobres vereadores não se opõem, mas, pelo contrário, aplaudem, a todos os homens e mulheres, pessoas simples ou afortunadas, daqueles anos de soerguimento desta grande cidade, que já passaram desta vida e não tiveram a oportunidade que eu tive de receber tão subida honra.
Poderia citar nomes de alguns nesta crônica. Não o faço para não incorrer certamente na omissão de tantos verdadeiros cidadão e cidadãs que chegaram ao fim de suas vidas operosas antes de receberem o galardão que recebi, em virtude de limitações naturais que a volumosa quantidade de pioneiros tornaria impossível à Câmara Municipal oferecer a todos eles tão justa homenagem.
Uso este espaço do site “Região Tocantina”, oportunamente criado pelo confrade Marcos Fábio, vice-reitor da UFMA, para saudar os Pioneiros de Imperatriz, vivos ou mortos, que ajudaram a erguer esta pujante cidade, que naqueles tempos, eu sugeri fosse cognominada de PORTAL DA AMAZÔNIA, título que devo usar em nova crônica.
Finalizando, peço desculpas pela referência ao título honorífico que recebi, que os leitores podem perfeitamente considerar um autoelogio. Os antigos diziam que “elogio em boca própria é vitupério”. Assumo o vitupério com humildade e desvanecimento e com a desculpa de que o usei para homenagear os pioneiros de Imperatriz que receberam o mesmo título e os que não o receberam, mas, como eu, têm os mesmos 52 anos de ativa permanência nesta extraordinária cidade de Imperatriz.
Uma resposta
Parabéns Sr. Agostinho Noleto pelo belo artigo, digno da história dessa cidade, Imperatriz, um exemplo de progresso e desenvolvimento, posso citar um nome aqui de um importante pioneiro, meu saudoso tio avô, Telesforo Castelo Branco, conhecido popularmente por “Castelo” O rei das chaves, até hoje localizado na Rua Simplício Moreira no centro de imperatriz, ainda pude ouvir algumas de suas historias sobre essa cidade e como foi quando ele aí chegou.